quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Tartarugas


O Tigre d'Água Brasileiro
Ordem: TestudinesFamília: EmydidaeNome popular: Tigre d'ÁguaNome científico: Trachemys dorbignyiDistribuição geográfica: Rio Grande do Sul no Brasil, Uruguai e nordeste da ArgentinaHabitat: pântanos, banhados, lagos, riachos e riosHábitos alimentares: onívoro (come de tudo)Reprodução: desova entre 1 e 18 ovos por postura, que eclodem apos 60 a 120 dias de Período de vida: aproximadamente 30 anosTamanho adulta: aproximadamente 25cm
O Tigre d'Água é um réptil da família dos Quelônios, animais de sangue frio que necessitam do sol para se aquecer, e vivem em regiões de lagos ou rios de águas lentas. Na natureza, pode ser visto sozinho ou em grandes grupos, mesmo fora do período de acasalamento, que acontece entre Abril e Julho. A desova estende-se de Agosto a Janeiro, e é a própria fêmea que constrói buracos na terra para depositar seus ovos.
Pode ser mantido sozinho ou em grupos de dois ou mais indivíduos, dependendo do tamanho de seu recinto (aqua-terrário).
O Tigre d'Água atrai as pessoas pela sua característica mista de viver nadando dentro de um aquário com plataforma e passar instantes fora da água ou se apoiando em alguma coisa para se aquecer ao sol ou iluminação artificial. As crianças se fascinam, pois podem alimentá-lo, assim como manuseá-lo com boa tolerância.
Deve ser mantido em aquários ou tanques com água. É importante promover-lhe uma área seca, com rampa para que possa sair da água e se aquecer ao sol ou em lâmpadas aquecedoras específicas para répteis.

Como manter seu Tigre d'Água
São animais de fácil manutenção, mas necessitam de alguns cuidados especiais:
O primeiro passo é escolher um aquário que tenha uma parte seca, que pode ser construída com cascalho comum para aquários, em forma de rampa. Este animal alimenta-se na água, assim, deve haver água limpa para que possa beber, nadar e alimentar-se.
É importante prover para as tartarugas uma fonte de iluminação que emita raios ultravioletas, importantes para a metabolização do cálcio e estruturação de sua carapaça óssea. Se não puder colocá-la no sol, pela manhã com frequência, obtenha uma luminária fluorescente com lâmpada própria como as Repti Glo 5.0.
Evite pedras ou objetos pontiagudos que possam causar ferimentos. Procure manter seu animal em água na temperatura entre 25º e 28º C. Para isso você pode utilizar um termômetro de fita LCD (que fica colado pelo lado de fora e não quebra) e um termostato com aquecedor.
É fundamental que a água esteja sempre limpa. Por isso, recomendamos o uso dos filtros Whisper In-tank da Tetra ou os Elite Filter da Hagen, cujos tamanhos são adequados para uma capacidade de filtragem de água entre 10 e 150 litros. Entre em contato para saber o tamanho ideal para seu aquário. É importante trocar o refil dos filtros In-tank a cada 15 dias, para manter a água limpa, pois o refil retém partículas de sujeira e retira da água a matéria orgânica, que causa mal cheiro.
Além de um bom filtro, é fundamental uma alimentação de boa qualidade e na quantidade certa. Existem muitas marcas de rações no mercado, com diferentes níveis de qualidade.
As tartarugas provindas deste criadouro são alimentadas desde seu nascimento com a ação Tetra ReptoMin, pois possui ingredientes da mais alta qualidade que suprem todas as necessidades nutricionais exigidas pelas tartarugas aquáticas na fase inicial de seu crescimento.
Com sua alta digestibilidade há maior absorção dos nutrientes, evitando desperdícios, o que manterá a água limpa por mais tempo. A dieta inicial da tartaruga deve ser ReptoMin, mas na fase juvenil e adulta recomenda-se a complementação com um alimento desenvolvido especialmente para esta fase: Tetra ReptoMin Select-a-Food, pois trata-se de um alimento que possui quatro câmaras: duas com a ração diária ReptoMin, uma com Gammarus (baby shrimp) e outra com Krill (ocean plankton).
Recomendamos começar com 3 a 5 bastões para cada tartaruguinha por dia, entre duas ou três vezes por semana.
Aumente a quantidade de alimento à medida que a tartaruga cresce. Alimente-a na água e não deixe sobrar ração. É importante colocar sua tartaruga exposta ao sol, o que ajuda na absorção do cálcio, garantindo um perfeito desenvolvimento dos ossos e do casco. Evite horários de sol mais forte e sempre deixe uma opção de sombra. Calor ou frio intensos podem causar a morte dos filhotes.
Evite manuseá-las em demasia, o que gera estresse. Acompanhe de perto o contato de crianças pequenas com o animal, pois estas podem apertá-las ou deixá-las cair, o que pode causar ferimentos ou danos no casco.
Como vimos, a qualidade da água é importante, pois as tartarugas alimentam-se na água e bebem da mesma. Por isso, recomenda-se uma troca parcial de água a cada 15 dias, em 50% do total para mantê-la com qualidade e remover o excesso de detritos que o filtro possa eventualmente não remover.
Quando for adicionar nova água, use sempre Tetra AquaSafe, para remover especialmente o cloro, que pode causar danos à pele, olhos e casco das tartarugas, bem como causar problemas intestinais.
Tartarugas são animais limpos, mesmo assim, devemos lavar bem as mãos após manuseá-las ou cuidar de seus aquários. Para prevenir problemas de saúde nas pessoas e nas tartarugas, recomendamos o uso de Tetra ReptoGuard. A Tetra desenvolveu este produto que dissolve-se lentamente na água, liberando elementos que previnem o desenvolvimento de bactérias nocivas.
ReptoGuard é um bloco branco em formato de tartaruga, que previne principalmente a Salmonela. Jogue um bloco na água, sua proteção dura de 30 a 45 dias.
Seu animal ficará adulto com o passar do tempo e muito maior (pode chegar a 25 ou 30cm de comprimento). Então cuide para você ter espaço disponível no futuro.


Quanto à espécie invasora:
Tartarugas da espécie Trachemys scripta elegans, ou Tigre d'Água americano são ou foram comercializadas ilegalmente em nosso país, trazendo sérios danos à nossa fauna e quando soltas na natureza competem por território e alimento com espécies locais, disseminando doenças e gerando híbridos através do cruzamento entre espécies.
A principal característica da tartaruga americana (ilegal) são suas “orelhas vermelhas”, ou seja, atrás dos olhos notam-se claramente duas manchas vermelhas, enquanto na espécie nacional as manchas são amarelas.

Aquario de agua doce - é muito facil ter sucesso

Este guia tem como principal finalidade ajudar o aquariofilista, seja ele iniciante ou bem familiarizado. Pois diversas pessoas iniciam neste hobby e pouco tempo depois desistem. Isso pode ser provocado por diversos motivos, sendo um deles a falta de informação. Existem várias maneiras de montar o seu aquário, por exemplo: os aquários para peixes amazônicos, para ciclídeos africanos, para plantas, entre outros. Aqui vamos tratar de um aquário comunitário com sistema de filtragem externa e outros acessórios essenciais, visto que é o mais comum e vendido atualmente. Abaixo você terá a opção de clicar em alguns links para poder ter uma idéia melhor de cada item.
MONTAGEM Os seguintes itens são necessários: aquário: prefira aqueles acima de 50 litros e retangulares para ter uma maior estabilidade, praticidade e mais espaço para uma maior variedade de peixes e plantas. Note que tamanhos maiores são mais caros, mas muito mais fáceis de serem mantidos;
filtro externo ou interno: este aparelho é fundamental e imprescindível para um bom aquário. Verifique a capacidade do filtro para o seu aquário (em torno de 6 vezes o volume do aquário por hora). Pode parecer muito, mas uma boa movimentação e circulação são fundamentais para uma ótima eficiência da filtragem e sendo assim maior estabilidade do aquário;cascalho: pedra de rio, de preferência as miúdas (diâmetro em torno de 3 a 5mm), para uma melhor fixação das plantas. Coloca-se diretamente no vidro com uma espessura de 4 a 6cm;
termômetro: para medir a temperatura, que deve ser em torno de 25 a 28 graus Celsius;
termostato com aquecedor: para usar em conjunto com um aquecedor ou acoplado a mesma peça. O ideal é que se tenha ao menos 1 Watt/litro, ou seja para um aquário de 50 litros você precisará de um termostato com aquecedor de 50W. Assim você poderá manter uma temperatura estável e segura para seus peixes;
lâmpadas fluorescentes: são fundamentais, principalmente se quiser ter plantas vivas que durem um maior tempo. Além disso realçam as cores dos peixes e deixam seu aquário iluminado e mais bonito. Se for um aquário com uma quantidade razoável de plantas, devemos ter uma boa quantidade de lâmpadas, em torno de 1 Watt para cada 2 litros. Para um aquário cujo objetivo é a manutenção somente de peixes, não há recomendação específica. Quanto ao tipo, procure usar modelos próprios para aquários, como as do tipo Aqua-Glo, deixando-as ligadas de 8 a 12 horas por dia;
sifão: é simplesmente uma mangueira de pequeno diâmetro com um tubo na ponta de maior diâmetro, que serve para aspirar o fundo do aquário para retirar o excesso de detritos depositados entre o cascalho, juntamente com a água. É talvez uma das peças mais importantes do aquário, embora seja usado apenas uma vez a cada um ou dois meses;
redinha: para poder capturar algum peixe ou resto de planta;
pedras para decoração: pedras grandes e neutras. Cuidado com algumas pedras que podem soltar resíduos no aquário ou interferir no pH (que deve ser em torno de 6,8 e 7,2). E também com troncos que podem reduzir o pH e deixar a água com cor de chá;
plantas: podem ser artificiais. As naturais são bem vindas, mas cuidado para não exagerar, pois para este tipo de aquário que estamos montando, podem faltar algumas condições ideais de sobrevivência da planta.
testes: você precisa fazer ao menos os testes básicos de pH, amônia e nitrito. São importantes para uma boa adaptação dos peixes e plantas às condições de água do aquário.
COMO USAR E PARA QUE SERVEM OS EQUIPAMENTOS
Muito bem, já temos os equipamentos necessários, agora mãos a obra! Primeiro devemos colocar o aquário num local que não pegue claridade (isso é importante senão seu aquário ficará facilmente com os vidros verdes e até com a água verde) e sobre uma chapa de isopor (para não ter perigo de estourar o fundo devido a choque térmico ou desníveis).
Colocamos o cascalho que deve ser muito bem lavado antes de ser colocado no aquário. E então com um anteparo no fundo, enchemos o aquário - com água da torneira mesmo. E para tratar essa água, usamos um produto chamado AquaSafe, tirando assim o cloro, neutralizando os metais pesados e repondo a membrana protetora (mucosa) dos peixes.
Quando o aquário estiver preenchido com 50 a 80% do volume de água ajeitamos a decoração.
E por fim instalamos o filtro externo, o termostato e a iluminação. Mas para que serve tudo isso? Depois de algum tempo que a água já estiver circulando pelo filtro externo - dentro de uma semana, pelo menos - algumas espécies de bactérias se desenvolverão no elemento filtrante biológico, e assim se reproduzirão e irão se fixar na superfície e nas microporosidades do elemento filtrante. Estas são bem vindas, benéficas e indispensáveis em nossos aquários. Serão responsáveis pela "transformação" ou melhor dizendo, redução dos compostos orgânicos produzidos em nossos aquários como fezes, restos de comida, etc. Tornando assim nossos aquários habitáveis para peixes das mais diversas espécies. Para isso você precisa de uma área de superfície razoável e uma circulação constante (24 horas por dia). Daí então, após um período de aproximadamente 30 dias é que começamos a habitar o aquário. Pois neste período conseguimos estabilizar o filtro biológico, o pH e a temperatura, dando condições ótimas para os peixinhos. Se for colocá-los antes desse período procure utilizar bactéria viva.
Obs.: se tiver necessidade de acelerar o processo de estabilização do aquário utilize bactéria viva, Nitrivec.Para se reproduzirem em quantidade adequada e realizarem suas funções de maneira mais eficaz, devem ser altamente oxigenadas e principalmente devemos manter nosso aquário o mais limpo possível, o que significa, alimentação na quantidade suficiente, quantidade não exagerada de peixes e trocas parciais com auxílio do sifão. Para oxigená-las basta a circulação provocada pelo filtro externo na superfície da água do aquário e desta maneira provem oxigênio que esta no ar. Não há necessidade de bolhas em nossos aquários. A movimentação causada pelo filtro externo é suficiente. Mas e a limpeza? Aquelas bactérias são suficientes? Não. Devemos colaborar para que trabalhem bem. Alimentação de qualidade e de maneira racional (o suficiente para ser consumida em poucos minutos) e quantidade moderada de peixes ajudam, mas além disso ter um bom filtro externo e sifonarmos nosso aquário a cada um ou dois meses. Filtro externo é um equipamento com bomba própria e em sua cuba existem elementos filtrantes, como: filtro mecânico ("lã sintética" ou esponja) responsável pela retenção de detritos, filtro químico (carvão ativado) que absorve alguns elementos tóxicos do aquário e tira a cor amarela da água e um elemento filtrante biológico. É muito importante que se faça uma troca dos refis (químico e mecânico) do filtro uma vez a cada um ou dois meses. E também limpá-los uma vez por semana em água corrente com o cuidado para não estragá-los. A sifonagem é muito importante. Com o sifão devemos aspirar o fundo do aquário, (de preferência todo ele) jogando a água fora e colocar água nova, sem cloro, com pH e temperatura próxima a do aquário. Isto faz com que tiremos o excesso de sujeira do aquário mais água velha e recolocamos daí água nova com micronutrientes importantes para o desenvolvimento de peixes, plantas e das bactérias. Como assim? Os peixes e organismos habitantes de nosso aquário necessitam para sua formação e metabolismo, alguns elementos existentes na composição da água. Com o passar do tempo este consumo acaba esgotando total ou parcialmente estes oligoelementos tornando a água pobre, por isso devemos sempre trocar um pouco. E ainda há a quantidade de sólidos que vão se acumulando com o passar do tempo e tornando-se em altas concentrações prejudiciais aos peixes e a única maneira de baixá-los é trocando a água. "Mas eu reponho água quando evapora..." Sim, mas os sólidos continuam lá! Não há troca, porque a água que evapora não leva esses sólidos. Então, não deixe de fazer trocas parciais. Elas são responsáveis por 70% do sucesso de um aquário por longo tempo. Quanto? 25% no máximo por vez (1/4 do volume total), ou seja, num aquário de 100 litros devemos tirar no máximo 25 litros. Se não der para sifonar todo o fundo com 25%, tudo bem. Na próxima troca, comece a sifonar pela parte que sobrou da última vez. Antes de adicionar água nova no aquário não se esqueça de adicionar o condicionante de água (AquaSafe), o tamponador (Target), para manter o pH estável e verificar a temperatura quedeve estar semelhante. Desta forma, com a água e o aquário mais limpos, temos um ambiente mais estável. O pH não cai como nos aquários mal cuidados e não há "prazo de validade", ou seja, o aquário não acaba, não existem mais períodos de mortes incontroláveis e tudo passa a andar melhor. Peixes mais saudáveis, menos dinheiro jogado fora e aí sim podemos ter aqueles peixes considerados mais sensíveis ou mais caros. Nunca tire tudo do aquário para lavar pedras e trocar toda água. Nem lavar na torneira esponja ou placa biológica. Isto é um crime! Veja, um aquário para atingir a maturidade plena leva cerca de 6 meses. Se trocarmos tudo, lavando pedras e etc., teremos uma perda total de nosso equilíbrio e nossas bactérias. Com um bom filtro externo, sifonagem periódica com trocas parciais e quantidade controlada de peixes e alimentação, nunca haverá esta necessidade. RESUMINDO... Você precisa de: - equipamentos adequados; - manutenção correta e periódica; - alimentação de qualidade, dosagem racional (mas não pouca) e bem variada; - comprar peixes saudáveis, em local onde tenham aquários limpos e não hajam peixes doentes compartilhando da mesma água; - testes de pH, amônia, nitrito (para verificar se o filtro biológico está trabalhando corretamente) e talvez dureza (que mede a quantidade de sais dissolvidos na água, para um melhor controle do pH e saúde dos peixes e plantas) - são os mais comuns, mas existem outros. Você não precisa de: - trocas totais de água; - lavagens do aquário; - medicamentos preventivos.
Obs.: medicamentos devem ser evitados a qualquer custo e usados apenas quando necessários. Qualquer medicamento prejudica o equilíbrio biológico do aquário. Não esqueça de retirar o carvão ativado, para não cortar o efeito do produto. E após o uso de algum medicamento, recoloque o carvão ativado, troque 20% da água e na semana seguinte mais 20%. Veja aqui mas dicas sobre esse assunto.DICAS Discos, kinguios, ciclídeos entre outros são peixes atípicos e possuem características especiais quanto a temperatura, pH, dureza, habitat, entre outra coisas, por isso não são recomendáveis par a aquários comunitários.
No caso de se utilizar somente o filtro externo, deve-se ter cuidado para não lavar o elemento filtrante biológico em outra água que não seja a do aquário. Isto para não eliminar as bactérias benéficas a ótima filtragem biológica do aquário. E talvez tenha necessidade de se utilizar uma bomba interna somente para circulação.
Não se esqueça, quando comprar um peixinho deixe o saco flutuando no aquário uns 10 minutos, daí então coloque água do aquário dentro do saco de 5 em 5 minutos até que o pH esteja semelhante. Então solte somente os peixes, sem a água e complete o aquário com água sem cloro. Este artigo foi baseado em um texto retirado da Revista Vida no Aquário - Ano 02 - Edição de 08/1997. E escrito por Sérgio Gomes (colaborador de aquarismo e escritor dos livros: "O Aquário Marinho e as Rochas Vivas" e "Guia Básico de Corais e Invertebrados").
BIBLIOGRAFIA
· O Aquário de Água Doce sem Mistérios - Sérgio Gomes

Lagos - Como Montar e Manter



Este guia tem como principal finalidade ajudar as pessoas que desejam ter um lago ornamental. Pois diversas pessoas iniciam nesta atividade, mas tem tido problemas com a montagem e manutenção. Isso pode ser provocado por diversos motivos, sendo o principal a falta de informação. Existem várias maneiras de montar o seu lago, além do formato diferente, tipos de pedras, decoração, tipo de peixes, também temos que nos preocupar com o sistema de filtragem, que pode ser: com sistema natural de plantas vivas, por passagem de água corrente, com filtros em concreto ou filtros industrializados. Aqui vamos tratar de um lago com pré-filtro, bomba submersa (fig. 3), filtro ultravioleta (fig. 2) e sistema de filtragem mecânica e biológica externo (fig. 1), visto que é o mais eficiente, prático e vendido nas lojas.
CONSIDERAÇÕES: Os seguintes itens devem ser observados: • tamanho do lago: prefira projetos de 500 até 20.000 litros (devido a limitação dos sistemas de filtragem e espaço para os peixes). O formato pode ser variado: retangular, oval, em formato de 8, gota, o importante é que tenha uma área mais funda (até 60cm, para se colocar um ralo) e uma mais rasa (até 20cm), podendo também ter simplesmente um declive; • local de instalação e construção do lago: de preferência para pegar sol somente algumas horas por dia e não o dia todo. Cuidado com pássaros, que podem atacar os peixes ou defecar na água e árvores que soltam muitas folhas. Pode ser construído em concreto impermeável ou com mantas de PVC próprias para lagos. Temos um serviço especializado e terceirizado para construção dos lagos, se precisar entre em contato conosco; • drenagem e ladrão do tanque: deve-se tomar cuidado em se colocar um ralo com registro ou tubo de superfície, para se fazer trocas parciais eventuais (utilizando-se sempre um condicionador como o Dechlor-Ease) e um ladrão para escoar o excesso de água provocado por chuva; • sistema de filtragem: bomba com pré-filtro (esponja e/ou grelha) para circulação pelo sistema de filtragem e oxigenação (podendo ser utilizada para uma cascata ou independentemente), filtro ultravioleta (TetraPond ou Laguna), filtro biológico externo ou interno, aonde têm peças plásticas ou tubinhos cerâmicos, num formato otimizado para fixar as bactérias vivas que farão a filtragem biológica (veja figura abaixo); estes aparelhos são essenciais para se manter uma água saudável e cristalina para os peixes. Verifique a capacidade dos equipamentos para o de acordo com o tamanho de seu lago (por volta de 1 a 2 vezes o volume do lago por hora); • termômetro: para medir a temperatura, que deve ser em torno de 5° a 26° graus Celsius; • algumas pedras para decoração: pedras grandes e neutras sem cantos vivos. Cuidado com algumas pedras que podem soltar resíduos no tanque ou interferir no pH (que deve ser em torno de 6,5 e 7,5). E também com troncos que podem reduzir o pH e deixar a água com cor de chá; • plantas: as naturais são bem vindas (ninféia, papiro, jibóia, lírio da paz, aguapé, entre outras), de preferência colocá-las em vasos com areia por cima da terra, ou então elaborar algum tipo de rede que a água passe e o peixe não. Esse último caso serve principalmente para as plantas flutuantes (aguapé, santa luzia, alface d’água, entre outras), pois alguns peixes podem comer as raizes e sujar excessivamente os filtros, dificultando sua manutenção. Também existem plantas artificiais flutuantes;• peixes e outros: num lago ornamental dependendo da temperatura mantida e quantidade de sol, pode se manter carpas coloridas e cascudos ou somente kinguios com outros peixes de água mais fria; • obs. 1: deve-se prever tomadas protegidas das intempéries, necessárias para bomba(s) e filtro UV. • obs. 2: no caso de não pegar sol, não há necessidade do filtro UV. Às vezes, se o lago pegar pouco sol, pode se utilizar um clareador de água verde, eliminando assim o filtro UV. • obs. 3: se não for ter peixes, não há necessidade dos filtros, mas deve-se colocar algicida e cloro, como numa piscina, consulte uma revenda dessa área. Filtro biológico externo Tetra Pond ClearChoice (fig. 1)
Filtro ultravioleta Tetra Pond GreenFree (fig. 2)
COMO USAR E PARA QUE SERVEM OS EQUIPAMENTOS Muito bem, já temos os equipamentos necessários e o tanque montado, agora mãos a obra! Instale os equipamentos da melhor forma possível, considerando uma circulação otimizada e escondendo com plantas ou pedras os filtros externos. Para tratar essa água, é necessário utilizar um condicionante de água de torneira (AquaSafe Pond), neutralizando o cloro, metais pesados e repondo a membrana protetora (muco) dos peixes. Mas para que serve tudo isso? Depois de algum tempo que a água já estiver circulando pelo filtro biológico – dentro de uma semana, pelo menos – algumas espécies de bactérias se desenvolverão nas superfícies, e assim se reproduzirão e irão se fixar nas paredes e porosidades do elemento filtrante biológico. Estas são bem vindas, benéficas e indispensáveis em nossos aquários. Serão responsáveis pela “transformação” ou melhor dizendo, redução dos compostos orgânicos produzidos em nossos aquários como urina, fezes, restos de comida, etc. Tornando assim nossos lagos habitáveis para peixes das mais diversas espécies. Para isso você precisa de uma área de superfície de contato razoável e uma circulação constante (24 horas por dia). Daí então, após um período de aproximadamente 20 dias é que começamos a habitar o aquário. Pois neste período conseguimos estabilizar o filtro biológico e o pH, dando condições ótimas para os peixinhos. O filtro biológico e/ou mecânico pode ser interno ou externo é um equipamento que fica disposto dentro do lago ou fora da água e ao lado do tanque, onde existem elementos filtrantes, como: filtro mecânico (esponja) responsável pela retenção de detritos, filtro químico (carvão ativado) que absorve alguns elementos tóxicos do água (como fenóis e gases) e um elemento filtrante biológico. É muito importante usar um carvão ativado periodicamente. E também limpá-los quinzenalmente em água corrente com o cuidado para não estragá-los. No caso do elemento filtrante biológico, só deve ser lavado na água que se retira do tanque. Para as bactérias se reproduzirem em quantidade adequada e realizarem suas funções de maneira mais eficaz, devem ser altamente oxigenadas e principalmente devemos manter nosso tanque o mais limpo possível, o que significa, alimentação na quantidade suficiente e de qualidade, quantidade não exagerada de peixes e trocas parciais periódicas. Para oxigená-las é que usamos as bombas submersas, que puxam a água do tanque jogando para o filtro e cascata ou chafariz. Provocando assim movimentação na água e desta maneira provendo oxigênio que esta no ar. Não há necessidade de bolhas em nossos lagos, a movimentação causada pelas bombas é suficiente.
O filtro ultravioleta funciona como um clarificante constante, evitando que a água fique esverdeada. Mas ele não impede que as superfícies criem algas adesivas, para ajudar a resolver esse problema você pode utilizar um algicida como o Green-Ease.
Mas e a limpeza, aquelas bactérias são suficientes? Não. Devemos colaborar para que trabalhem bem. Alimentação de maneira racional (o suficiente para ser consumida em poucos minutos) e quantidade moderada de peixes ajudam. Mas além disso ter um bom sistema de filtragem e fazer trocas parciais a cada um ou dois meses. Como assim? Os peixes e organismos habitantes de nosso aquário necessitam para sua formação e metabolismo, alguns elementos existentes na composição da água. Com o passar do tempo este consumo acaba esgotando total ou parcialmente estes oligoelementos tornando a água pobre em nutrientes e sais minerais, por isso devemos sempre trocar um parte da água. E ainda há a quantidade de dejetos que vão se acumulando com o passar do tempo e tornando-se em altas concentrações prejudiciais aos peixes, a única maneira de diminuí-los é trocando parcialmente a água. “Mas eu reponho água quando evapora...” Sim, mas os sólidos continuam lá! Não há troca, porque a água que evapora não leva esses sólidos. Então, não deixe de fazer trocas parciais. Elas são responsáveis por 70% do sucesso de um lago por longo tempo. Quanto trocar? 20 a 30% no máximo por vez (1/4 do volume total), ou seja, num tanque de 1000 litros devemos tirar no máximo 300 litros. Tente aspirar o fundo, fazendo com que seja removido ao menos uma parte dos detritos que se acumulam no fundo. Para isso você pode utilizar o Uni-Vac II, um sifão para lagos.Antes de adicionar água nova no lago não se esqueça de utilizar um condicionante de água (como o AquaSafe Pond) e verificar o pH e a temperatura, devem ser semelhantes a do tanque. Desta forma, com a água e o lago mais limpos, temos um ambiente mais estável e não há “prazo de validade”, ou seja, o tanque não acaba. Peixes mais saudáveis, menos dinheiro jogado fora. Nunca tire tudo para lavar pedras e trocar toda água. Nem lavar na torneira esponja ou elemento filtrante biológico. Isto é um crime! Veja, um laguinho para atingir a maturidade plena leva cerca de 4 meses. Se trocarmos tudo, lavando pedras e etc., teremos uma perda total de nosso equilíbrio e nossas bactérias. Com um bom filtro externo, limpeza dos elementos filtrantes periódica com trocas parciais e quantidade controlada de peixes e alimentação, nunca haverá esta necessidade.
Para auxiliar na filtragem do lago e diminuir o dejeto do fundo, você pode utilizar um bio-degradador o Tetra Pond Sludge Reducer.
RESUMINDO... Você precisa de: • equipamentos adequados; • manutenção correta e periódica; • alimentação racional (mas não pouca) e bem variada; • comprar peixes saudáveis, em local onde tenham aquários limpos e não hajam peixes doentes compartilhando da mesma água; • teste de pH e talvez amônia, nitrito (para verificar se o filtro biológico está trabalhando corretamente) e dureza carbonatada (KH) (que mede a quantidade de sais dissolvidos na água, para um melhor controle do pH) – são os mais comuns, mas existem outros. Você não precisa de: • trocas totais de água; • lavagens do tanque; • medicamentos preventivos. Obs.: medicamentos devem ser evitados a qualquer custo usados apenas quando necessários. Qualquer medicamento prejudica o equilíbrio biológico do aquário. Não esqueça de retirar o carvão ativado, para não cortar o efeito do produto. E após o uso de algum medicamento, recoloque o carvão ativado, troque 20% da água e na semana seguinte mais 20 %. DICAS No caso de se utilizar o filtro externo biológico, deve-se ter cuidado para não lavar o elemento filtrante biológico em outra água que não seja a do lago. Isto para não eliminar as bactérias benéficas a ótima filtragem biológica. Não se esqueça, quando comprar um peixinho deixe o saco flutuando no aquário uns 10 minutos, daí então coloque água do tanque dentro do saco de 5 em 5 minutos até que o pH esteja semelhante. Então solte somente os peixes, sem a água. Fontes bibliográfica: • O Aquário de Água Doce sem Mistérios – Sérgio Gomes (www.oaquario.com.br) • Plantas Hidrófilas e seu Cultivo em Aquário – Marcelo Notare – Edições Sulamérica Flora Bleher • You Garden Pond – Wieser & Dr. Loiselle – Tetra-Press • Encyclopedia of Aquarium Plants – Peter Hiscock – Barron’s • Tropica Aquarium Plants – Second Edition - Tropica Aquarium Plants.

Guia do aquário marinho



Guias Aquário de Rochas Vivas - Montagem e Manutenção

O aquário marinho fascina por ter cores e formas nada convencionais e assusta pelo custo dos equipamentos e animais. Mas isso é um detalhe superado bela beleza que proporciona. Muitos crêem ser mais difícil de manter do que um aquário de água doce, mas na verdade isso é um mito, pois se fosse dado o cuidado necessário e correto ao aquário dulcícola, este seria mais trabalhoso, devido a mais trocas parciais.
Aquário de exposição da loja de 580 litros
Este guia tem como finalidade expor de maneira clara e objetiva, um melhor jeito de manter e montar um aquário de rochas vivas com peixes, corais e invertebrados de forma simples e saudável. Para um melhor esclarecimento, recomendamos alguns livros ao final desta matéria na bibliografia utilizada.
Existem diversas formas de montar o seu aquário, além do tipo de filtragem e iluminação, você pode ter um aquário para peixes, invertebrados e corais ou somente para peixes. Aqui vamos tratar de um aquário comunitário, com peixes, invertebrados e corais, com um sistema de filtragem biológico de rochas vivas e filtro denitrificante de fundo (“Sistema Dr. Jaubert”), skimmer, iluminação e outros equipamentos essenciais, visto que é o mais montado atualmente e principalmente o que melhor funciona, mantendo por muito mais tempo o aquário estabilizado. Pois existem outros modelos de filtragem, como filtro biológico de placa, filtros de areia fluidizada e dry-wet que acarretam problemas, principalmente, com nitratos e fosfatos, ou seja algas.
MONTAGEMOs seguintes itens são necessários:
aquário: prefira aqueles retangulares e acima de 200 litros (por exemplo 100x40x50cm) para ter uma maior estabilidade, praticidade e mais espaço para uma maior variedade de animais. Note que tamanhos maiores são mais caros, mas muito mais fáceis de serem mantidos. Cuide para o aquário não ser muito estreito e alto, pois dificulta a manutenção e a iluminação; Fazemos sob medida.
móvel: é importante ter uma base firme e a tampa ser arejada e protegida contra umidade; Fazemos sob medida.
placas de filtro biológico: consiste de placas modulares que se encaixam umas nas outras, todas perfuradas, para fazer o filtro denitrificante de fundo;
cascalho: areia de halimeda ou aragonita, a espessura pode ser por volta de 8 a 12cm;
bomba submersa para circulação: use em torno de 15 a 20 vezes o volume do aquário passando pelas bombas por hora, sempre próximas à superfície, ou seja para um aquário de 200 litros poderemos usar duas bombas de 1500 litros por hora até duas de 2000 l/h. Pode parecer muito, mas uma boa movimentação e circulação são fundamentais para uma ótima eficiência da filtragem, maior troca gasosa e sendo assim maior estabilidade do aquário, mantendo uma alta taxa de oxigênio dissolvido (existem dispositivos como Wave Maker e o Gira-gira, que podemos utilizar para uma melhor circulação de água);
água: deve ser de filtro deionizador ou de filtro de osmose reversa (RO);
sal sintético: utilizar um de qualidade reconhecida, sem fosfato e nitrato. Em geral 1kg prepara 30 litros;
densímetro: serve para verificar a salinidade da água, que deve estar por volta de 1022;
skimmer: equipamento fundamental, remove dejetos orgânicos, deixando a água limpa e livre de nutrientes em excesso, diminuindo a carga biológica e consequentemente baixos ou nulos níveis de amônia, nitrito, nitrato (em conjunto com o Sistema Jaubert) e fosfato;
rocha viva: utilizar de 10 a 20% do volume do aquário em peso, para um aquário de 200 litros usaríamos de 20 à 40 quilos de rocha. Verificar se as rochas já estão tratadas, as melhores são as de Recife;
termômetro: para medir a temperatura, que deve ser em torno de 24 a 26 graus Celsius;
um bom termostato: para usar em conjunto com um aquecedor ou acoplado a mesma peça. O ideal é que se tenha 1 Watt por litro. O Acquaterm é um termostato que já vem com termômetro;
iluminação: é fundamental, principalmente se quiser ter invertebrados e corais que se desenvolvam bem. Além disso realçam as cores dos peixes e deixam seu aquário mais bonito e iluminado. Devemos ter uma boa quantidade de lâmpadas fluorescentes, em torno de 1 a 1,5 Watt por litro. Para o aquário cujo objetivo é a manutenção somente de peixes, não há recomendação específica. Quanto ao tipo, procure usar modelos próprios para aquários marinhos, como as do tipo branca (6500K a 14000K) e azul actínica, deixando-as ligadas de 8 a 12 horas por dia, utilizando duas brancas para uma azul. Por exemplo para o nosso aquário de 200 litros podemos utilizar pelo menos 6 lâmpadas, sendo 4 10000K e 2 Actínica, todas de 30W. Podemos utilizar também lâmpadas do tipo VHO (Very High Output) ou compactas, que são lâmpadas fluorescentes de maior potência, diminuindo a quantidade de lâmpadas à colocar e com um custo próximo das convencionais. Existe ainda outro tipo de lâmpada muito utilizada, que é a Metal Halide ou Vapor Metálico, lâmpada de alta potência e brilho, tem um custo mais elevado, mas são muito eficientes e sua luz tem uma beleza inconfundível. Coloque sempre para fora da tampa a instalação elétrica, para evitar corrosão e super aquecimento;
filtro externo: podemos utilizá-lo esporadicamente para fazermos uma boa filtragem química com carvão ativado ou resinas removedoras. Ou então usarmos o sump (caixa de circulação), que nada mais é que uma caixa de vidro (um aquário pequeno sem tampas), colocada lateralmente ou embaixo do aquário, servindo para colocação dos equipamentos de filtragem (skimmer, carvão ativado, resinas), aquecedor, entre outros, além de acumular os detritos excedentes. Se utilizar o sump, faz-se necessário o uso de uma bomba de recalque;
testes: de cálcio, alcalinidade ou dureza carbonatada (KH), pH, nitrito (NO2) e futuramente se necessário nitrato (NO3) e fosfato (PO4);
suplementos: de cálcio e talvez um tamponador (ou somente o Bio-Calcium);
dica: como utilizamos muitos equipamentos, eles acabam ajudando à esquentar a água e em alguns casos pode se ter uma temperatura acima de 28 graus Celsius, altamente estressante para os animais. Para ajudar a manter a temperatura mais baixa, pode se utilizar um ventilador direcionado para a superfície da água (com termostato), o único problema é que aumenta a evaporação. Se isso não for suficiente, você precisará de um chiller, que serve para resfriar a água do aquário.
COMO USAR E PARA QUE SERVEM OS EQUIPAMENTOSComo funciona?
Depois de algum tempo que a água já estiver circulando pelas rochas vivas – dentro de uma semana, pelo menos – algumas espécies de bactérias se desenvolverão na superfície e no interior das rochas, e assim se reproduzirão e irão se fixar em suas microporosidades. Estas bactérias são bem vindas, benéficas e indispensáveis em nossos aquários. Serão responsáveis pela “transformação” ou melhor dizendo, redução dos compostos orgânicos produzidos em nossos aquários como fezes, restos de comida, etc. Tornando assim nossos aquários habitáveis para peixes das mais diversas espécies. Para isso você precisa de um volume de rochas razoável e uma circulação constante (24 horas por dia, podendo ser oscilatória, utilizando um gira-gira ou um wave maker).
No caso das placas e do cascalho, eles fazem parte do filtro denitrificante de fundo (Sistema Jaubert), que consiste em fomentar bactérias anaeróbicas que consomem nitrato (leva cerca de alguns meses para estabilizar esse sistema).
O skimmer é um escumador de proteínas. Seu funcionamento é simples. Fazendo um turbilhonamento potente com bolhas bem pequenas por uma coluna d’água de altura razoável, retira por meio de contato diversos nutrientes dissolvidos na água do aquário. Sua principal função é deixar o aquário limpo e livre de partículas em suspensão, isso faz com que a água fique cristalina e saudável para peixes e invertebrados. Ou seja é um filtro mecânico à nível molecular, retirando grandes moléculas de proteína da água. E consequentemente ajuda na mínima filtragem biológica, não sobrecarregando o sistema. Como elimina nutrientes dissolvidos na água deve-se tomar cuidado na reposição dos bons elementos, com reposições periódicas de nutrientes e trocas parciais.
Para oxigenar o aquário é que usamos as bombas submersas. Provocando uma movimentação na superfície da água, provendo oxigênio que esta dissolvido no ar e também para circular a água pelas rochas oxigenando-as e auxiliando na filtragem biológica. Não há necessidade de bolhas em nossos aquários. A movimentação causada pelas bombas é suficiente.
Como proceder?
Primeiro montamos as placas do filtro denitrificante de fundo procurando cobrir todo o fundo do aquário com uma ou duas camadas.
Colocamos então o cascalho que deve ser bem lavado antes de ser colocado no aquário. E então com um anteparo no fundo, enchemos o aquário com água desmineralizada (é importante o uso da água desmineralizada, livre de fosfatos e silicatos, para não haver problemas, principalmente com algas). (você pode comprar a água ou então o filtro deionizador ou o filtro de osmose reversa nas lojas de aquário mesmo). Adicionamos o sal sintético aos poucos, retirando água do aquário e misturando em um balde.
As bombas já devem estar fixadas, tenha cuidado para fazer uma boa circulação, procurando colocá-las o mais próximo possível da superfície.
Colocamos a rocha viva após estabilizar a densidade, isso leva alguns dias. Então colocamos o skimmer, para desde o primeiro dia ajudar a eliminar qualquer dejeto orgânico. Deixaremos estabilizar o aquário até os parâmetros de pH, alcalinidade, cálcio e nitrito estarem ideais, pode levar algumas semanas. A iluminação pode começar a ficar ligada a partir de duas horas, aumentando semanalmente uma hora até chegar em dez ou até doze horas diárias. (Dica: você pode utilizar um timer, que é um temporizador que liga-desliga as lâmpadas automaticamente).
A partir da segunda semana, colocamos a turma da limpeza: mini-paguros, turbo snail, ofiúros e depois camarões (bailarino, stenopus, cleaner). São imprescindíveis para uma boa higiene do aquário, pois comem restos de comida, algas e outros dejetos. Podemos começar a colocar outros invertebrados a partir de 30 dias, como zoanthus, estrela vermelha lisa, actinodiscus (mushrooms), palitozoanthus, entre outros, desde que já tenha iluminação.
Passadas algumas semanas após a montagem (cerca de 40 dias, quando o nitrito estiver zerado), então podemos adicionar um peixinho por semana, respeitando a regra de 1cm para cada 10 litros. Prefira os menores e mais mansos inicialmente, como palhacinhos, gramma loreto, baianus pequeno, neon gobi, entre outros. E de preferência peixes algueiros. Quanto aos corais, prefira inicialmente os moles do tipo leather, entre outros, não são tão caros e muito resistentes.
E a manutenção?
Os peixes e outros animais habitantes de nossos aquários necessitam para sua formação e metabolismo, alguns elementos existentes na composição da água salgada. Com o passar do tempo esta necessidade acaba consumindo total ou parcialmente estes oligoelementos, tornando a água pobre, por isso devemos trocar periodicamente uma parte da água, repondo elementos.
Para fazermos a troca de água é necessário deixarmos a água com sal sintético homogeinizando por pelo menos 24 horas, com uma pedra porosa ou bomba submersa. Trocar no máximo 25% (1/4 do volume total) por vez, ou seja, num aquário de 200 litros devemos tirar no máximo 50 litros. Procure sifonar as rochas para ajudar a retirar o pó que pode ficar concentrado em cima delas. Antes de adicionar água nova no aquário não se esqueça de verificar se está com a densidade, o pH e temperatura semelhantes a água do aquário.
No caso de reposição devido à evaporação, devemos colocar um tamponador (Triple-Buffer ou Reef and Marine pH Buffer). Também podemos usar o Kalkwasser (suplemento à base de hidróxido de cálcio), que diluído com água doce torna-se uma solução saturada de hidróxido de cálcio - Ca(OH)2, ou seja além de aumentar a reserva alcalina e manter o pH estável, repõe cálcio. Também podemos utilizar o Bio-Calcium, que já vem completo e estabiliza o aquário ionicamente. Isto faz com que em poucos meses as rochas estejam bem rosadas, repletas de algas calcáreas (pinks). Só deve-se ter cuidado com a quantidade a ser reposta para não alterar drasticamente o pH e ser feita preferencialmente ao anoitecer. Podemos usar também algum tipo de repositor automático (Eclusa) ou uma simples bóia plástica acoplada ao sump. Outra forma de se adicionar cálcio, tamponador e nutrientes no aquário e usar o Bio-Calcium. Desta forma, com a água e o aquário mais limpos, temos um ambiente mais estável. Não há “prazo de validade”, ou seja, o aquário não acaba, não existem mais períodos de mortes incontroláveis e tudo passa a andar melhor. Peixes e invertebrados mais saudáveis, menos dinheiro jogado fora e aí sim podemos ter aqueles peixes e corais considerados mais sensíveis ou mais caros.
Dica: no caso de aparecer algas, nunca lave as rochas em água doce. Isto é um crime! Um aquário para atingir a maturidade plena leva cerca de 6 meses. Com um bom sistema de filtragem, reposição de nutrientes, iluminação adequada, trocas parciais periódicas e quantidade controlada de peixes e alimentação, jamais haverá esta necessidade. Caso ocorra uma infestação faça trocas parciais mais frequentes e verifique a qualidade da água e do sal utilizados (se necessário utilize resinas removedoras de fosfatos, silicatos e nitratos).
Então são imprescindíveis as trocas parciais periódicas, pelo menos uma vez por mês, limpeza dos vidros semanalmente, reposição de nutrientes periodicamente (CombiSan ou outro similar), reposição de água evaporada com tamponador (para não comprometer o pH e a reserva alcalina), limpeza do skimmer semanalmente e utilizar o carvão ativado periodicamente. Alimentação de maneira racional (o suficiente para ser consumida em poucos minutos) e quantidade moderada de peixes ajudam. As bombas podem ser limpas a cada 3 ou 4 meses, para retirada de incrustações e algas.
O filtro químico (carvão ativado ou outro elemento) serve para absorver alguns elementos tóxicos do aquário. No caso das resinas, elas são removedoras ou controladoras de fosfatos, nitratos ou silicatos. Num aquário bem estabilizado acaba se utilizando somente carvão ativado (sem fosfato e sem nitrato), devido à suas ótimas propriedades de absorção e adsorção de gases, fenóis e outros subprodutos, auxiliando muito na limpeza e estabilidade do aquário. Utilize por no máximo 7 dias.
RESUMINDO...
Há sete itens importantes à serem observados em um aquário marinho de rochas vivas periodicamente, sendo eles:
alcalinidade, reserva alcalina (2,2 à 3,6 meq/l ou ppm) ou dureza carbonatada (KH 7 à 10)
cálcio (350 à 450 ppm)
pH (8,2 à 8,6)
nitrato (até 20 ppm)
fosfatos (até 0,2 ppm)
densidade (1020 à 1024)
temperatura (24 à 26 graus Celsius)
Esses testes devem ser feitos periodicamente. Após o aquário estabilizado, o que leva em torno de quatro meses, a necessidade de testes será menor. O mais importante é a estabilidade dos parâmetros.
Então você precisa de:
equipamentos adequados
manutenção correta e periódica
alimentação racional (mas não pouca) e bem variada
comprar peixes e invertebrados saudáveis
testes de pH, alcalinidade ou dureza, cálcio, densímetro, nitrito, nitrato e fosfato – os mais usados, mas existem outros, como amônia, magnésio e silicato.
Obs.: medicamentos devem ser evitados a qualquer custo usados apenas quando necessários. Qualquer medicamento prejudica o equilíbrio biológico do aquário. Não esqueça de retirar o carvão ativado e desligar o skimmer, para não cortar o efeito do produto. E após o uso de algum medicamento, recoloque o carvão ativado, troque 20% da água e na semana seguinte mais 20%. O melhor é ter um aquário hospital ou quarentena.
DICAS
Anjos, balistes, borboletas, entre outros são peixes que devoram corais e invertebrados, por isso não são recomendáveis para aquários contendo estes animais. Podem ser colocados em aquários somente de rochas vivas com outros peixes.
É muito importante manter estáveis os parâmetros do aquário, mesmo que não consiga obter os parâmetros ideais não faça mudanças bruscas.
BIBLIOGRAFIA
· Aquários Marinhos de Recifes de Corais – Alberto Bacelar
· O Aquário Marinho & as Rochas Vivas – Sérgio Gomes
· The Reef Aquarium Volume One – J. C. Delbeek and Julian Sprung
· Reef Secrets - Nilsen & Fossa
· Aquarium Corals - Eric H. Borneman

O básico

O que é filtração? Porque preciso disso?

É necessária a filtração em nossos aquários, pois apenas efetuar as trocas parciais de água geralmente não é o suficiente para manter uma boa qualidade da água, especialmente quando nos utilizamos de aquários de pequeno volume ou superpovoamos o aquário, caso muito freqüente em nossos mostruários.A filtragem consiste em um processo de limpeza e depuração dos resíduos orgânicos, que por sua vez são restos de alimentos, fezes, folhas mortas, urina, etc., diluídos ou mantidos em suspensão na água do aquário. Atenção aqui: notem que estas etapas da filtração só atuam sobre as partículas de imundícies que estão suspensas flutuando livremente na água, e não naqueles dejetos mais pesados que se acumulam no fundo do aquário. Estes dejetos devem ser retirados por meio de uma operação denominada: sifonagem.Tipicamente o processo de filtração é dividido em três partes:
a) Filtração mecânica: efetuada por intermédio de qualquer material que aja como uma tela ou peneira, retendo partículas de sujeira que estejam em suspensão na água do aquário. Utiliza-se para esse fim um elemento filtrante composto por lã acrílica (perlon), espuma de poliéster (esponja sintética) ou outros meios de características semelhantes.
b) Filtração química: refina ainda mais a filtragem mecânica retirando partículas muito pequenas de sujidades em dissolução que escaparam da ação dos elementos filtrantes mecânicos. São, por meio desta filtragem, removidos odores (partículas de cheiro), pigmentos (partículas que conferem cor à água) e gases, através de fenômenos químicos como a adsorsão e a catálise. São elementos filtrantes químicos: o carvão ativado, os adsorventes de amônia (zeolitos), fosfatos, resinas amaciantes de água e ainda outros. O objetivo destes dois tipos de filtragem é diminuir ao máximo possível a carga de substâncias orgânicas em dissolução, antes que estas passem pelo processo de degradação promovido pelos organismos decompositores.
c) Filtração biológica: que transforma a urina dos peixes em compostos muito menos tóxicos e é levada a efeito por dois grupos de bactérias denominadas: bactérias nitrificantes, as quais reduzem compostos orgânicos nitrogenados como a amônia e o nitrito transformando-os em nitratos. Para tanto estas bactérias precisam de uma superfície onde fixam-se, e boa quantidade de oxigênio, daí a serem chamadas de bactérias aeróbias (só vivem na presença de oxigênio). O modo mais simples e econômico de fazer uso destas bactérias é instalando um filtro biológico de placas ou filtro biológico de fundo (o famoso, controverso e até mesmo maldito, segundo a opinião de alguns colegas, FBF, do qual muito - mal - se fala na Internet), que consiste na montagem uma armação de placas perfuradas cobrindo o fundo do aquário, com a função de criar condições para o estabelecimento de uma próspera colônia das bactérias referidas acima.Uma ou mais dessas placas (dependendo do comprimento do aquário, normalmente uma a cada 50 cm de comprimento), dispõe de um adaptador onde é encaixado um tubo denominado torre do filtro biológico, cuja função é canalizar a água e servir de suporte, ou conduto, para o dispositivo de acionamento, que pode ser uma bomba submersa ou um compressor que injeta ar sob pressão por uma mangueira de fino calibre e um acessório denominado pedra porosa, geralmente feito de areia de sílica sinterizada. Este dispositivo promove uma circulação de água através do cascalho, provendo as bactérias de alimento (amônia) e do oxigênio vital para a sobrevivência destes microorganismos. Essas bactérias são sésseis (fixas) e se alojam na superfície dos grãos de cascalho, envolvendo-o com uma muscilagem (gosma), - a famosa placa bacteriana - excretada por seus corpos.Nota-se que a função do FBF é “processar” os resíduos nitrogenados (amônia e nitrito) em dissolução na água do aquário, inativando-os. A circunstância de que a circulação forçada de água através do cascalho promove a retenção e acúmulo de resíduos e dejetos em meio a este, não torna o FBF um filtro mecânico.Repito de modo mais enfático, um filtro biológico quando aplicado a um aquário, não é, e jamais deverá ser utilizado como filtro mecânico, e para que ele possa funcionar corretamente deverá ser mantido limpo, mediante uma sifonagem assídua dos detritos nele acumulados. Caso não façamos essa limpeza periódica correremos o risco de transformar um recurso extremamente útil, em uma verdadeira fossa negra como referem alguns de nossos mais insignes aquaristas patrícios.O acúmulo de resíduos, excrementos e detritos na cama do FBF (camada de cascalho), impede a livre passagem da água e consequentemente a correta oxigenação da referida cama, criando zonas e bolsões anóxicos (com baixos níveis de oxigênio) favorecendo a proliferação de bactérias decompositoras que podem ser perigosas.E assim sendo, ao sifonarmos nosso aquário retirando a matéria orgânica acumulada, reduzimos a população de bactérias decompositoras e maximizamos a filtração biológica (nitrificação). Maximizamos porque eliminamos boa parte dos competidores por oxigênio e também, porque ao limparmos o substrato dos dejetos acumulados, permitimos a passagem livre da água, carreando oxigênio e alimentos (amônia e nitritos) para as bactérias nitrificantes. Caso relaxemos nessa limpeza o substrato ficará atulhado de resíduos, que irão assorear o cascalho impedindo a passagem livre da água soterrando e matando as bactérias úteis e formando bolsões ou zonas com baixos níveis de oxigenação (condições anóxicas), dando ensejo à proliferação de bactérias anaeróbias, muito perigosas e produtoras de gases tóxicos como metano e gás sulfídrico.

Dizem que tem um tal de filtro dry-wet acaba com esses problemas, é verdade?

Um filtro wet-dry (FWD), ou dry-wet (tanto faz), é um filtro biológico, o que significa que só serve para uma coisa: Neutralizar amônia. Porém é um senhor filtro! É, digamos, a Ferrari dos filtros biológicos. Mas o que faz a diferença? Aquelas bolinhas esquisitas azuis que custam os olhos da cara? Não, porque na realidade essas bolinhas (bio-balls), podem ser substituídas por virtualmente qualquer material que tenha uma área de superfície bem maior que o volume que ocupa, e é claro, seja inerte em contato com a água e também seja atóxico (não solte nada venenoso na água). Os bio-balls cumprem a mesma função que o cascalho em um FBF (Filtro Biológico de Fundo ou filtro biológico de placas), ou seja, servem apenas de suporte para fixação das colônias de bactérias nitrificantes. Só que, devido às características de construção do bio-ball (uma esfera composta por palitinhos) cada unidade apresenta uma área de superfície muito maior que a somatória da superfície de um volume de cascalho, com granulometria média pelo menos 15 vezes maior, ou seja, uma pequena quantidade de bio-balls substitui uma grande quantidade de cascalho. Mas o grande lance do filtro wet-dry não é usar bio-ball. A grande sacada do filtro é ser dry! Calma! Eu explico: O filtro se chama wet-dry, que em tradução literal do inglês é algo como filtro molhado-seco. Foi aplicado de início aos aquários marinhos e nessa época, bem no início de sua utilização, constava de duas seções, uma contendo os bio-balls ou outros elementos com características similares (seção seca - dry) e outra contendo um FBF convencional (seção úmida - wet). Com o passar do tempo se eliminou essa etapa, pois verificou-se que as bactérias nitrificantes se alojavam muito bem na parte “seca” do filtro e a seção úmida não tinha muita serventia, mas o nome já havia pego. Este tipo de filtro, normalmente, fica alojado em uma caixa de vidro situada debaixo do aquário, tendo ligação com este por meio de tubulações rígidas ou flexíveis confeccionadas em PVC. Uma grade composta por tubos de PVC perfurados, localizada acima do compartimento contendo o material de suporte para as bactérias, funciona à semelhança de um chuveiro molhando continuamente o substrato empregado, acima desse substrato é colocada uma manta de lã acrílica para servir como um pré filtro, com a finalidade de reter o material particulado mais grosseiro, que de outro modo, seria retido entre o substrato e estaria sujeito aos processos de decomposição bacteriana (amonificação), descritos mais acima. O retorno da água filtrada para o aquário é efetuado com o auxílio de uma bomba (submersa ou externa) de grande torque (capaz de elevar a água a uma boa altura com pequena perda de rendimento).Agora vamos examinar porque esse esquema é tão vantajoso em relação ao FBF. Vamos nos imaginar como uma bactéria nitrificante:Um organismo pequenininho, que passa, praticamente toda a sua vida, preso no mesmo lugar e que dispõe de um rabinho (flagelo) com o qual atrai a comida para si (amônia ou nitrito). O que essa bactéria realmente precisa para viver? Será que espaço é importante?Quanto maior a população de bactérias sua ação não será mais efetiva?Bom, espaço, o bio-ball proporciona de sobra. Qual seria o segundo fator limitante? Oxigênio! Essas bactérias são aeróbias, lembra? E neste quesito o wet-dry ganha disparado, pois os bio-balls ou qualquer outro substrato que, eventualmente, os substitua ficam fora d’água, molhados por uma chuva contínua de água, mas não afogados e, portanto expostos ao ar atmosférico com incríveis (do ponto de vista de um ser aquático) 210 ml de oxigênio por litro de ar. Então qual é o fator limitante que pega pesado?Comida, ou seja, a quantidade de amônia dissolvida na água e por tabela o número de peixes que o aquário comporta.

Legal, então posso socar de peixes, como sardinhas em lata, dentro do aquário que o filtro segura?

Existem inúmeros fatores limitantes no que concerne a aquários e um dos mais críticos é exatamente a relação que deve existir entre a quantidade de peixes, sua massa corporal somada e o volume de água.


Se eu instalar um filtro tipo wet-dry, eu preciso sifonar o meu aquário?

Sim, com a mesma freqüência com que deveria fazer antes, ou seja, uma vez por semana. Simplesmente porque o FWD é um filtro biológico nitrificante e como tal não processa, nem deve processar, resíduos sólidos. Os resíduos sólidos, fezes e restos de alimentos, são pesados e afundam, ficando retidos entre os grânulos do cascalho de onde devem ser retirados mediante a ação da sifonagem.

Procedimentos que devem ser evitados quando se trabalha com animais aquáticos:

Perseguição e captura muito demoradas. Para evitar estressar em demasia o animal sua captura deverá ser rápida, e este deverá ser colocado em um saco plástico obscurecido por jornal ou saco de papel pardo. Mantido no escuro o animal não se assusta com facilidade e se recupera mais rapidamente do trauma causado pela operação de captura e embalagem.Falta de cuidado na manipulação dos animais ao retirá-los das redes de captura. Uso de equipamento de má qualidade, como redes apresentando buracos onde os animais prendem a cabeça ou confeccionadas com material que se agarre às nadadeiras ou aos opérculos dos peixes.Transporte para localidades distantes com os peixes embalados por muito tempo, em condições de superlotação.Embalar para transporte peixes recém alimentados. Os peixes defecarão em trânsito e as condições da água contida no saco em que estão embalados se degradarão mais rapidamente.Mudanças muito freqüentes de um aquário para outro.Introdução em um aquário novo sem um cuidado prévio para aclimatação dos animais às novas condições. Quantidade de peixes acima da capacidade normal do aquário.


Cuidados ao receber uma remessa de peixes:

Ao receber as embalagens contendo os peixes, abra-as, transferindo os peixes com a própria água em que foram transportados, para um recipiente relativamente amplo (como, por exemplo, uma caixa de isopor, destas do tipo destinado ao transporte de peixes). Oxigene a água mediante a colocação de uma pedra porosa ligada a um compressor de ar, a seguir, vá aos poucos transferindo a água do seu aquário de recepção ou exposição para o recipiente contendo os peixes recém chegados. Esta operação deve ser bem lenta, demandando pelo menos uns 45 minutos, permitindo que os peixes se adaptem às condições prevalecentes nos seus aquários. V. S. pode acrescentar um pouco de água a intervalos regulares, por meio de um caneco, por exemplo, passar a água bem lentamente do aquário para o recipiente, com o auxílio de uma mangueira fina, com uma válvula de passagem (terminal) regulada para obter a necessária lentidão na operação (tipo: gota a gota). Continue adicionando água até dobrar o volume de água original (aquela contida na embalagem dos peixes). A seguir transfira os peixes para o aquário de exposição, utilizando-se de uma redinha própria. Sempre que possível, efetue a transferência com a ajuda de um caneco, trocando os peixes devagar para o interior do mesmo e transferindo-os para o aquário sem tirá-los fora da água. A maioria das espécies se debate no interior da rede, ao ser tirada fora d’água, danifica sua pele e a camada protetora de muco. É conveniente descartar o que restar da água de transporte.

Aquário Hospital ou aquário para quarentena?

Toda loja deve contar, com pelo menos, um aquário hospital onde efetuar o tratamento dos peixes doentes.As mais bem sucedidas lojas do ramo, dispõem de pelo menos uma dependência especial (estufa para tratamento), apenas para tratamento e quarentena de peixes recém-chegados. A utilização de um aquário para quarentena é um investimento muito importante e necessário, permitindo entre outras coisas, evitar grandes prejuízos em perdas de peixes valiosos. Tal aquário ou aquários, deverão ter um volume entre 50 e 100 litros ou mais, dependendo, evidentemente, do tamanho e quantidade de peixes a tratar. Esse aquário não precisará conter nada, além de um filtro interno simples tipo copo ou esponja, dimensionado para o volume do aquário e número de exemplares a serem tratados, acionado por um compressor de ar potente, preferivelmente, de duas saídas, sendo a segunda saída provida de uma pedra porosa grande para maximizar a aeração, além disso utilizaremos um aquecedor com termostato de boa qualidade e adequado ao volume do aquário e um ou mais tijolos cerâmicos vazados (tijolo baiano) que servirão de abrigo para os peixes mais tímidos ou estressados. Trocas parciais e diárias de água são necessárias, para a manutenção da qualidade hídrica, visando principalmente manter baixos os níveis de amônia e a retirada dos dejetos dos animais em tratamento.Para evitar um gasto excessivo de água enquanto os peixes estão sob observação, pode-se utilizar um filtro interno com função biológica plenamente ativa, o qual poderá ser retirado quando se iniciar o tratamento. Este filtro poderá ser mantido em funcionamento em algum dos aquários de exposição para não perder as colônias bacterianas. Não utilizar carvão ativado nos filtros, pois este adsorve e inativa todas as classes de remédios.O sal comum ou sal de cozinha (cloreto de sódio, NaCl), de preferência não iodado, é um bom auxiliar na recuperação de peixes estressados, caso não consiga sal sem iodo, não há problema, pois a concentração de iodo no sal comum refinado não é suficiente para causar efeitos colaterais nos peixes em tratamento. Concentrações fracas entre 1 e 3 gramas de sal por litro de água, são reputadas como excelentes, para estimular a produção do muco protetor e melhorar a osmoregulação dos peixes de água doce durante o transporte e manejo. Para a manutenção em baterias de exposição, são recomendáveis concentrações um pouco mais baixas, por volta de 0,1 e 2 gramas de sal para cada litro de água do aquário ou bateria.Algumas parasitoses, especialmente as causadas por protozoários são eficazmente combatidas com banhos rápidos (30 segundos a 10 minutos de duração), com uma alta concentração salina perfazendo uns 30 gramas de sal/litro. Concentrações mais fracas com 5 a 10 gramas/litro, podem ser utilizadas em banhos com a duração de algumas horas.

Cuidado: a água de tratamento deverá ter o mesmo valor de pH e estar à mesma temperatura que a água do aquário onde os peixes foram retirados.
Os peixes devem ser cuidadosamente observados no decurso do tratamento, devendo o mesmo ser suspenso quando notados sinais de desconforto e perda de equilíbrio.Quando isso ocorrer, o tratamento será suspenso e o peixe deverá ser retornado de imediato ao aquário original. Os cascudos e acarís, coridoras e outros peixes encouraçados (peixes de couro ou que pareçam não ter escamas como os bótias e todos os peixes parecidos com uma cobrinha, como o dojô e o kuli, assim como muitos dos tetras e todos os peixes que emitem campos elétricos, como o peixe elefante, as diversas espécies de ituís e sarapós e o mais conhecido dos peixes elétricos, o famoso poraquê), não devem ser submetidos a tratamentos salinos sem um ensaio prévio para determinar a tolerância e a quantidade de sal que pode ser empregada com segurança.

Filtração externa

Filtro tipo canister, é um filtro de montagem externa para o aquário, compacto e selado (para prevenir vazamentos), contendo, em seu interior, compartimentos destinados para alojar os diversos tipos de elementos filtrantes passíveis de utilização. Apresenta os três estágios de filtração. Não necessita de ventilação (como o filtro wet-dry) para operar satisfatoriamente podendo ser instalado (sempre abaixo da linha d'água), ao lado, atrás ou dentro do gabinete ou móvel do aquário. Os dispositivos de entrada e saída de água (sifão e bocal de retorno) são, na maioria dos filtros deste tipo, ligados ao aparelho por meio de uma tubulação flexível (mangueiras). O melhor exemplo de um filtro tipo canister, são os filtros que compõem a série Fluval MSF.
É necessário a filtração em nossos aquários, pois apenas efetuar as trocas parciais de água, geralmente, não é o bastante para manter uma boa qualidade da água, especialmente quando nos utilizamos de aquários de pequeno volume ou superpovoamos o aquário, casos esses infelizmente muito freqüentes.A filtragem consiste em um processo de limpeza e depuração dos resíduos orgânicos (restos de alimentos, fezes, folhas mortas, urina, etc.), diluídos ou mantidos em suspensão na água do aquário. Tipicamente o processo de filtração é dividido em três partes contendo:a) Filtração mecânica, efetuada por intermédio de qualquer material que aja como uma tela ou peneira, retendo partículas de sujeira que estejam em suspensão na água do aquário. Utiliza-se para esse fim um elemento filtrante composto por lã acrílica (perlon), espuma de poliéster (esponja sintética) ou outros meios de características semelhantes. b) A filtração química, refina ainda mais a filtragem mecânica, retirando partículas muito pequenas de sujeira em dissolução, que escaparam da ação dos elementos filtrantes mecânicos. São, por meio desta filtragem, removidos odores (partículas de cheiro), pigmentos (partículas que conferem cor à água) e gases através de fenômenos químicos como a adsorsão e a catálise. O objetivo destes dois tipos de filtragem é diminuir ao máximo , a carga de substâncias orgânicas em dissolução, antes que estas passem pelo processo de degradação promovido pelos organismos decompositores.c) E a filtração biológica que transforma a urina dos peixes em compostos muito menos tóxicos, e é levada a efeito por dois grupos de bactérias denominadas: bactérias nitrificantes, as quais reduzem compostos orgânicos nitrogenados, como a amônia e o nitrito transformando-os em nitratos. O acúmulo de resíduos, excrementos e detritos no elemento filtrante, que servem de suporte para as colônias de bactérias impedindo a livre passagem da água e consequentemente a correta oxigenação do referido ambiente, criando zonas com baixos níveis de oxigênio, que favorecem a proliferação de bactérias decompositoras que podem ser perigosas.



Filtro biológico x Filtro mecânico
Peixes de diferentes formas de vida precisam se alimentar para se manterem vivos e saudáveis, logo após de ingerido, o alimento, é submetido a um processo de digestão para poder ser assimilado. Por mais eficientes que sejam a digestão e a assimilação sempre sobram resíduos que devem ser excretados, assim sendo, temos dois tipos de produtos de excreção: Um sólido (fezes) e outro líquido (urina) que devem ser retirados do nosso aquário e para isso, utilizamos a filtragem e a sifonagem.A filtragem é um processo de limpeza e depuração dos resíduos orgânicos constituídos por fezes, urina, restos de ração que os peixes não comeram, plantas aquáticas mortas e etc., diluídos ou mantidos em suspensão na água do aquário. Atenção! Notem que a filtração ou filtragem só atua sobre as partículas de imundices que estão suspensas, flutuando livremente na água e não naqueles dejetos mais pesados que se acumulam no fundo do aquário. Esses precisam ser retirados por meio da sifonagem.A filtragem mecânica nada mais é que o uso de um material que funcione como tela ou peneira, retendo partículas de sujeira que estejam em suspensão na água do aquário. Utiliza-se para esse fim um elemento filtrante composto por lã acrílica (perlon), espuma de poliéster (esponja sintética) ou outros meios de características semelhantes. Já a filtração biológica é um processo muito mais complexo que transforma a urina dos peixes (que é venenosa) em compostos menos tóxicos, sendo responsáveis pelo efeito dois grupos de bactérias (por isso o nome de filtragem biológica) denominadas: bactérias nitrificantes, as quais reduzem a amônia (o xixi do peixe) e o nitrito, transformando-os em nitratos. Para tanto, essas bactérias necessitam de uma superfície onde se fixarão, e boa quantidade de oxigênio, por isso são chamadas de bactérias aeróbias (só vivem na presença de oxigênio). O modo mais simples e econômico de fazer uso destas bactérias é instalando um filtro biológico de placas ou filtro biológico de fundo, que consiste na montagem, uma armação de placas perfuradas cobrindo o fundo do aquário, com a função de criar condições para o estabelecimento de uma próspera colônia de bactérias.Uma ou mais dessas placas (dependendo do comprimento do aquário, normalmente uma a cada 50 cm de comprimento) dispõe de um adaptador onde é encaixado um conjunto de tubos plásticos, denominado torre do filtro biológico, cuja função é canalizar a água e servir de suporte, ou conduto, para o dispositivo de acionamento, que pode ser uma bomba submersa ou um compressor que injeta ar sob pressão mediante uma mangueira e uma pedra porosa, dessa maneira a água circula através do cascalho, provendo as bactérias de alimento (amônia) e do oxigênio vital para a sobrevivência destas. Essas bactérias são sésseis (fixas) e, se alojam na superfície dos grãos do cascalho.Nota-se que a função desse filtro é “processar” os resíduos nitrogenados líquidos (amônia e nitrito) em dissolução na água do aquário, inativando-os. A medida em que a circulação é forçada na água, através do cascalho, ocorre a retenção e acúmulo de resíduos e dejetos em meio a este (não o torna um filtro mecânico), para que ele possa funcionar corretamente deverá ser mantido limpo, administrando uma sifonagem assídua dos detritos nele acumulados.








Iluminação:

Conforme mencionado em nossa edição anterior, as plantas retiram a energia necessária para seus processos vitais da luz, esta é absorvida por estruturas especializadas denominadas cloroplastos onde sofre uma transformação (de energia eletromagnética em energia química), sendo então aproveitada para efetuar a fotossíntese.No ambiente natural e nas latitudes tropicais (áreas de clima quente e ensolarado), de onde são originárias quase todas as espécies de plantas que costumamos empregar na decoração de nossos aquários, existe pouca variação de luminosidade no decorrer do ano. Com o nascer do dia e aproveitando-se da energia radiante do sol, as plantas maximizam todas as suas funções vitais, acelerando ao máximo seu metabolismo crescendo e armazenando energia na forma de açúcares (carbohidratos ou hidratos de carbono). Como resultado destes processos há a liberação de oxigênio, que é um subproduto dos processos bioquímicos de síntese clorofiliana. Ao cair da noite, os vegetais entram na fase de repouso e na ausência da luz, cessa totalmente a fotossíntese e o vegetal para de produzir oxigênio, porém continua respirando normalmente, consumindo oxigênio e liberando CO2. Esse ciclo circadiano (nome que é dado ao ciclo dia-noite), deve ser reproduzido em nossos aquários com a utilização de iluminação artificial. Para isso as luzes do aquário, deverão permanecer acesas 12 horas seguidas.Com a utilização de dois ou mais timers podemos acionar seqüencialmente as lâmpadas simulando os níveis de iluminação naturais, que ocorrem ao nascer do sol, em pleno dia e ao anoitecer. Deve-se evitar acender e apagar as lâmpadas do aquário durante o intervalo correspondente ao período diurno, pois esse procedimento pode prejudicar as plantas e demais seres dependentes da fotossíntese (corais, moluscos, etc.), que por ventura habitem nossos aquários, alterando seu biorritmo natural. No que diz respeito à lâmpadas que podem ser utilizadas, temos vários fatores a considerar, especialmente quanto ao espectro abrangido, qualidade da luz, temperatura de cor e a intensidade emitida, assim como a eficiência, vida útil e, é claro, custo do sistema escolhido.- Espectro luminoso:

A luz solar é composta de energia radiante de origem eletromagnética caracterizada por diversos comprimentos de onda, damos o nome de espectro luminoso ou espectro eletromagnético ao conjunto destas ondas. A parte deste conjunto que sensibiliza nossa visão, é denominado espectro luminoso visível, abrangendo desde o vermelho (comprimento de onda de aproximadamente 700 nanômetros) até o violeta (comprimento de onda por volta dos 400 nanômetros). Um nanômetro (nm) equivale a 10-9 de um metro, ou seja, 0,000000001 (um bilionésimo) de metro.
- Qualidade da luz emitida ou índice de reprodução de cores (IRC):
O IRC nos diz o quanto a luminosidade de uma lâmpada se parece com a luminosidade do sol em termos de reprodução das cores reais que o objeto iluminado reflete. Em geral as lâmpadas fluorescentes têm baixos índices de IRC. As melhores condições de IRC são obtidas consorciando-se lâmpadas halógenas e fluorescentes.
- Eficiência:
O fator mais importante para um bom desenvolvimento vegetal é o fornecimento da correta quantidade de radiação luminosa (intensidade do fluxo luminoso). Essa grandeza é medida em lúmens - lm - (que é o quanto de luz flui de uma determinada fonte), ou em Lux - lúmens por m2 - (que é o quanto da luz emitida por essa fonte atinge uma superfície com 1 m2 de área), sendo esta informação, geralmente, impressa na embalagem da lâmpada. A intensidade da luz que atinge uma superfície varia conforme a distância da fonte ao objeto iluminado. Dividindo-se o fluxo em lúmens ou em Lux pela potência da lâmpada em watts, teremos o seu rendimento ou eficiência. Por exemplo: Uma lâmpada Aqua-glo de 15 watts, possui (segundo informação fornecida pelo fabricante) um fluxo luminoso equivalente a 35 Lux, portanto seu rendimento é de, aproximadamente, 35 dividido por 15 que é igual a 2,33 Lux por watt, que representa um rendimento muito baixo para uso eficiente em um aquário montado segundo o conceito de Jardim Aquático. Já uma lâmpada Life-glo também de15 watts e do mesmo fabricante, possui um rendimento de 10 Lux por watt, o que já é uma relação bem melhor, ou seja, é interessante utilizar sempre as lâmpadas que apresentem a melhor relação fluxo luminoso/consumo de energia.

- Vida útil:
Tanto as lâmpadas fluorescentes, as lâmpadas halogêneas ou de vapor metálico, apresentam uma redução mais ou menos acentuada da emissão luminosa, assim como, um desvio para a faixa vermelha do espectro emitido após um período variável de tempo de operação. É recomendável a troca das lâmpadas após decorridos 8 ou doze meses de sua instalação ou troca.Plantas com folhas coloridas (vermelhas e verdes manchadas de amarelo ou marrom) necessitam de uma quantidade maior de luz do que as plantas com coloração normal (folhas verdes) da mesma espécie. O erro mais comum no que se refere à iluminação de um aquário tipo Jardim Aquático consiste em usar um número de lâmpadas além do mínimo necessário, sendo também muito freqüente o uso de um espectro inadequado. Porém, o erro mais grave, é tentar compensar lâmpadas de baixa intensidade com um aumento no período em que estas lâmpadas permanecem ligadas. Com uma quantidade insuficiente de intensidade luminosa, as plantas mais exigentes, serão muito prejudicadas, começando a definhar e até mesmo morrer em pouco tempo.Uma outra propriedade física da luz é sua temperatura de cor, a qual indica o tipo de radiação emitida pela fonte luminosa, essa propriedade não tem nenhuma relação com o calor emitido pela lâmpada. A temperatura de cor se refere à temperatura que um corpo ideal (black body, um corpo que não reflete luz alguma, como por exemplo, uma barra de carbono puro) deve atingir para emitir luz de um determinado comprimento de onda (cor), em outras palavras, quanto maior o aquecimento necessário para emitir luz de uma determinada cor, maior será a temperatura de cor desta luz.A temperatura de cor é medida em graus absolutos ou graus Kelvin (º K), cuja escala se inicia no zero absoluto (0º K), que corresponde a -273º Celsius. Por mais estranho que possa parecer, as tonalidades consideradas “quentes” (como o amarelo, laranja, vermelho), apresentam uma temperatura de cor relativamente baixa, enquanto que as cores “frias” (azul, violeta, lilás), alcançam altos valores Kelvin. Uma cor amarela alaranjada tem uma temperatura de cor, por volta dos 6 000 º K. Já uma coloração azul céu ultrapassa os 15 000 º K. Nota-se, que nem todas as cores têm sua temperatura de cor correspondente, pois por mais que aqueçamos um corpo negro, este jamais emitirá qualquer tom de verde. Por exemplo: Experimentos controlados realizados em laboratório determinaram que as radiações “quentes” (próximas do vermelho) fazem com que a planta cresça em altura, ficando espichada, enquanto que as radiações “frias” (azul) promovem o brotamento lateral e o surgimento de um número maior de folhas resultando em uma planta mais “atarracada”.Uma deficiência na iluminação conduz a doenças caracterizadas por sintomas típicos como caules finos e quebradiços e com entrenós muito distendidos (fenômeno denominado: estiolamento), pecíolos foliares muito alongados, folhas alongadas, frágeis e de coloração -amarelada. A combinação mais recomendada para iluminar um aquário de plantas, no que diz respeito ao equilíbrio de cores, é o consórcio de lâmpadas que emitem mais ou menos 5.000ºK (Sun-Glo, Life-Glo) com lâmpadas actínicas mistas (Power-Glo, Coralife 50/50, Azoo Tri-Power, Triton).


Características das lâmpadas que podem ser utilizadas em aquários de plantas:

Aqua-Glo

(cor lilás muito claro) - média aprox. de 26 lúmens/watt., ou 2,79 Lux/watt.Desenvolvida para uso em aquários de água doce, intensifica o colorido natural dos peixes, especialmente as tonalidades azuis e vermelhas. Espectro de alto rendimento nos comprimentos azul e vermelho alaranjado, correspondendo aproximadamente à faixa utilizada pelos vegetais superiores para a fotossíntese. Pode ser usada em conjunto com Life-Glo, Flora-Glo ou Sun-Glo, para melhorar o índice de reprodução de cores. Temperatura de cor perto de 18.000ºK.
Sun-Glo

(cor branco amarelada) - média aprox. de 57 lúmens/watt., ou 6,42 Lux/watt.Desenvolvida para simular a luz solar ao meio dia. Uso em Água Doce e Jardins Aquáticos.Espectro amplo com picos de emissão no azul e no amarelo esverdeado. Utilizada como única fonte de luz, ou para equilibrar a tonalidade da luminosa em aquários iluminados com fontes de espectro diverso ou incompleto. Temperatura de cor: 4.200ºK.
Power-Glo

(cor branco azulada) - média aprox. de 46 lúmens/watt., ou 3,89 Lux/watt.Desenvolvida para uso em aquários que necessitam de uma fonte de luz de alta intensidade. Normalmente usada nos aquários marinhos em conjunto com Marine-Glo, ou outras lâmpadas actínicas. Picos de emissão nas faixas azul, verde, verde amarelado, laranja e um pouco de vermelho. Abrange os comprimentos de onda absorvidos por corais e outros invertebrados marinhos, macro-algas e plantas aquáticas. Temperatura de cor: 18.000ºK.

Flora-Glo

(cor branco avermelhada) - média aprox. de 53 lúmens/watt., ou 4,91 Lux/watt.Desenvolvida para iluminação de aquários de água doce, jardins aquáticos e terrários. Amplo espectro com picos na faixa azul, azul- esverdeada e verde. Pode ser utilizada em conjunto com Life-Glo, Aqua-Glo ou Sun-Glo. Temperatura de cor: 2.800ºK.
Life-Glo


(cor branca, levemente amarelada) - média aprox. de 130 lúmens/watt., ou 10,93 Lux/watt.Amplo espectro, com picos na faixa azul, azul esverdeada, verde, verde amarelada e laranja. Desenvolvida para iluminação de aquários de água doce ou salgada, jardins aquáticos, terrários e viveiros de aves. 6.700ºK.















O que é Peixe?
Um peixe é um animal aquático ectotérmico (antigamente chamado de poiquilotérmico ou poecilotérmico, ou ainda, de maneira incorreta, animal de "sangue frio"). As principais adaptações a este meio de vida são o corpo fusiforme, as guelras ou brânquias com que respira o oxigênio dissolvido na água, os membros transformados em barbatanas e, na sua maior parte, o corpo coberto de escamas.Os peixes (28.500 espécies catalogadas no site: FishBase)são, na maior parte das vezes, divididos nos seguinte grupos:
Peixes ósseos (Osteichthyes, com mais 22.000 espécies) à qual pertencem as sardinhas, as garoupas, o bacalhau, o atum e, em geral, todos os peixes com o esqueleto ósseo; Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes, mais de 800 espécies) à qual pertencem os tubarões e as raias; e vários grupos de peixes sem maxilas (antigamente classificados como Agnatha ou Cyclostomata, com cerca de 80 espécies), incluindo as lampreias e as mixinas. A palavra peixe, por vezes, é usada para designar outros animais aquáticos (por exemplo o peixe-boi ou manatí, um mamífero aquático da família dos Sirenídeos). Afora estes, muitos outros organismos aquáticos recebem esse nome, especialmente quando o nome do animal é uma tradução literal de um nome vulgar em uma língua estrangeira, incluindo algumas medusas, águas-vivas, moluscos e crustáceos e mesmo animais, que são, realmente, muito parecidos com peixes como os golfinhos e baleias.Os peixes encontram-se em praticamente todos os ecossistemas aquáticos, tanto em água doce como salgada, desde a água da praia até às grandes profundezas dos oceanos. Mas há alguns lagos hiper-salinos, como o Grande Lago Salgado de Utah, nos Estados Unidos da América do Norte onde não vivem peixes.Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentação. Muitas espécies de peixes são criadas em condições artificiais, não só para alimentação humana, mas também para outros fins, como os aquários.

Aquário Hospital ou aquário para quarentena
Você tem um aquário que é seu orgulho e motivo de admiração entre seus colegas? Arriscaria perder todo o aquário, só porque introduziu um peixinho novo?Então, que tal montar um aquário para quarentenas? Essa aquisição é um investimento muito importante e necessário, permitindo entre outras coisas, evitar grandes prejuízos em perdas de peixes valiosos. Tal aquário deverá ter um volume adequado ao tamanho e quantidade de peixes a tratar (pelo menos uns 50 litros). O aquário não deverá conter nada além de um pequeno filtro interno com lã acrílica (manta de perlon™), também conhecida como lã de vidro, acionado por um compressor de ar, de duas saídas, providas de pedras porosas, um aquecedor com termostato de boa qualidade e adequado ao volume do aquário e alguns tijolos cerâmicos - tijolo "baiano" - para servir de proteção e abrigo para os peixes em tratamento. Trocas parciais e diárias de água se farão necessárias para a manutenção da qualidade hídrica, objetivando, principalmente, manter baixos os níveis de amônia e a retirada dos dejetos dos animais em tratamento. Para se evitar um gasto excessivo de água, enquanto os peixes estão sob observação, pode-se utilizar um filtro interno, com função biológica plenamente ativa, o qual poderá ser retirado, quando e se for necessário, iniciar um tratamento. Este filtro poderá ser mantido, quando não estiver em uso, no interior do sump do aquário principal, para não perder as colônias bacterianas.

















Aquário Marinho
Um aquário marinho (como o próprio nome indica) se destina abrigar uma ou algumas das inúmeras comunidades que compõem os inumeráveis biótopos que encontramos nos oceanos. Tal é a diversidade deste conjunto de ambientes que é praticamente impossível reproduzir a todos em aquários domésticos. Em outras palavras, em nossas residências podemos manter, com boas chances de sucesso, apenas três tipos básicos de comunidades marinhas. 1. Os aquários destinados a manter exclusivamente peixes. Nestes aquários são mantidos peixes que por diversos motivos (que serão mais bem detalhados em nosso catálogo) não convivem bem entre si e/ou com invertebrados.2. Aquários concebidos especificamente para a manutenção de invertebrados. De maneira geral, esse tipo de aquário visa a reprodução ou estudo de um grupo de organismos.3. Aquários montados visando a manutenção uma seleção destes dois grupos de organismos juntos. Neste tipo de aquários encontramos os admiráveis aquários de corais ou mini-reefs™, que se constituem em algumas das mais belas montagens de aquários marinhos que podemos conceber. Para montarmos esse último tipo de aquário empregaremos um sistema mundialmente conhecido como: Sistema Berlin modificado, que é baseado no uso de " rochas vivas ", somadas a um skimmer e dotado de uma intensa iluminação. Esse sistema, sobejamente testado, é o que melhores resultados tem dado quando queremos manter uma comunidade florescente e eclética de corais, anêmonas do mar, crustáceos e muitos outros invertebrados, juntamente com alguns poucos exemplares de peixes muito exóticos.
Modelos –
Abaixo estão os modelos de aquários disponíveis . Vale lembrar que cada modelo está disponível abaixo são apenas exemplos das várias formas a qual pode-se optar. Neste caso pode ter uma mudança visual conforme as medidas que forem optadas.Lembre-se: Ao optar pela compra de um aquário, antes de tudo deve se determinar as medidas conforme o seu gosto ou espaço disponível, O que é?
Um aquário é um contentor com pelo menos uma superfície transparente, usado para manter em cativeiro ou em cultura espécies aquáticas, normalmente para permitir a sua observação, quer como forma de lazer, quer com objectivos científicos.A aquariofilia ou aquarismo, ou seja, a manutenção de aquários em casa, é actualmente um hobby popular em todo o mundo, com cerca de 60 milhões de entusiastas e suporta uma enorme indústria que inclui, não só o fabrico e venda dos aquários e do material para a sua ornamentação e cuidados, mas também a criação de espécies aquáticas.


O que devo saber para comprar?


Devemos levar em consideração:
.: Que tipo de animal irá colocar, pois determinados aquárrios podem ser utilixados como Aquaterrários ou Terrários..: Quantos peixes e o tipo de peixe. Devemos levar em conta, pois através destas informações podemos orientar sobre o volume de água ideal. .: O modelo de aquário é muito importante saber, pois também faz parte da harmonia de um ambiente, por isso existem diversos modelos no mercado. Há aqueles que ainda optam pelo modelo tradicional ou convencional, de forma retangular, mas existem modelos sofisticados com uma enorme diversidade de formas.


TemperaturaDevido ao imenso volume oceânico e ao alto calor específico e conseqüente estabilidade térmica da água, a temperatura média localizada de determinado ponto do oceano é muito estável, variando muito pouco no decorrer do ano. A temperatura média dos mares de corais oscila por volta dos 24º Celsius e este fato deve ser levado em consideração quando formos instalar nosso aquário. Os equipamentos utilizados nos modernos aquários marinhos, notadamente as bombas de água submersas e os sistemas de iluminação, transferem uma considerável quantidade de energia calorífera para a água. Em outras palavras, o equipamento esquenta demais a água. E quanto mais quente a água menor a quantidade de oxigênio que se encontra dissolvido.
ChillerPara um controle mais acurado da temperatura, especialmente nos meses de Verão, pode se fazer necessário o uso de um chiller ou refrigerador para aquários. Uma espécie de mini geladeira que tem a função de esfriar a água do aquário, para mantê-lo na temperatura requerida pela fisiologia delicada dos habitantes dos recifes coralinos. Os vários fabricantes desse aparelho que encontramos no mercado recomendam uma relação potência do aparelho para um volume em litros de água. Convém dimensionar o chiller para um volume maior que o volume do aquário no qual o aparelho será instalado, para evitar forçar em demasia o compressor durante os dias muito quentes.
ControladoresApesar de cada chiller dispor de um termostato próprio para o controle de seu funcionamento, pode utilizar determinados dispositivos eletrônicos, denominados controladores, que além de exercer essa função também acionam aquecedores, caso isso se faça necessário.

Preciso mesmo de Aquecedor?
Animais ectotérmicos (erroneamente ditos de “sangue frio“), que salvo, algumas raras exceções (todas de grande porte e inadequadas para a manutenção em aquários domésticos), não possuem a capacidade de manter constante sua temperatura corporal, os peixes necessitam da manutenção de uma temperatura ambiental estável e adequada à sua fisiologia.Os peixes não possuem a capacidade de suportar variações muito bruscas de temperatura, visto que todas suas funções orgânicas como: apetência (fome, vontade de comer), digestão (conversão do alimento ingerido em nutrientes assimiláveis), assimilação (aproveitamento dos nutrientes para os diversos sistemas corporais), excreção (eliminação dos resíduos resultantes dos processos corporais), síntese hormonal e enzimática, respiração (processo oxidativo para produção de energia), manutenção de um sistema imune ativo (capacidade de resistir a doenças), atividade muscular, reprodução e outros, são dependentes da temperatura do ambiente em que vivem. Assim, torna-se claro que um controle adequado da temperatura é essencial para a obtenção de sucesso em manter nossos peixes saudáveis. Estritamente falando de peixes ornamentais, temos os peixes denominados tropicais que são originários de regiões quentes, necessitando de temperaturas relativamente elevadas, entre 24 e 30º Celsius, para que se mantenham em bom estado de saúde e os peixes de água fria provenientes de regiões temperadas, não necessitando de temperaturas muito altas, e que se dão melhor entre os 18 e os 26º Celsius. Os peixes ornamentais de água fria mais comumente encontrados no Brasil é a Carpa colorida (Nishikigoi) e uma variedade de Kínguios.

Como manter a temperatura sob controle?
Para controlar a temperatura de nossos aquários temos os aquecedores, que nada mais são que resistências elétricas embutidas em tubos de vidro, hermeticamente fechados e à prova d'água, os quais quando ligados a fonte de energia aquecem a água. A relação entre a potência do aquecedor e o volume de água a ser aquecida, deverá ser de 1 watt para cada litro de água do aquário. Assim um aquário com capacidade para 100 litros de água necessita de um aquecedor de 100 watts de potência. Como este tipo de equipamento não dispõe de controle próprio, devemos utilizar de um outro aparelho denominado termostato, o qual mediante um par bimetálico acoplado a um circuito eletrônico, pode ser ajustado para um controle muito preciso da temperatura. Existem ainda os aquecedores automáticos, que já trazem o termostato embutido no próprio aparelho. Para aferição da temperatura usaremos um termômetro. A melhor posição para a localização do termômetro é um canto do aquário diametralmente oposto ao local onde foi colocado o aquecedor, pois assim obtemos a temperatura média da água. Caso o termômetro seja colocado muito próximo ao aquecedor ou acima deste, a leitura de temperatura será maior do que a temperatura média real do aquário. Existem modelos analógicos, eletrônicos ou digitais a cristal líquido.
Porque preciso de uma bomba?

Seu aquário precisa de uma bomba para melhorar a aeração. Nesse tipo de aparelho a energia elétrica se transforma diretamente em força motriz para efetuar a circulação da água. Todos os modelos dispõem de adaptadores para mangueirinhas de ar, tendo capacidade de aumentar a turbulência na superfície da água injetando ar por efeito venturi.Como base para determinar se sua bomba é adequada para o volume de água que seu aquário comporta, divida a vazão alegada pelo fabricante (essa informação vem impressa na caixa e no próprio corpo do aparelho) por 3 ou por 5. Em outras palavras o aparelho deve filtrar de 3 a 5 vezes o volume do aquário a cada hora. Assim sendo para um aquário de 100 litros, necessitaremos de uma bomba com uma vazão não inferior a 300 litros por hora. Importante: Nos aquários de água salgada devemos cuidar que a bomba gire pelo menos, de 10 à 20 vezes o volume do aquário por hora.
Sobre compressor!
Esses aparelhos injetam ar na água, contribuindo para aumentar a aeração, mediante uma mangueira e um dispositivo destinado a transformar as bolhas de ar de grande tamanho em bolhas de tamanho menor (pedra porosa). Atualmente esse tipo de aparelho vem tendo uma menor aplicação em aquários, sendo substituídos pelas bombas submersas ou pelos filtros motorizados (internos ou externos), com igual ou melhor eficiência. No entanto ainda tem muita aplicação, quando se pretende usar o ar como elemento decorativo. A visão de um aquário, sem uma carreirinha de bolhas de ar subindo para a superfície, uma após a outra, parece incompleta, certamente falta algo, aquele algo a mais que confere uma impressão de naturalidade.
Além disso, compressores se constituem no único tipo de equipamento capaz de acionar uma série de enfeites, concebidos justamente, para aproveitar a energia cinética conferida pelas bolhas aéreas. O maior problema com este equipamento, é justamente, o ruido que costuma fazer, não logo de início, mas especialmente, ao cabo de alguns meses de operação. Para minimizar esse inconveniente é aconselhável efetuar a revisão e a manutenção periódicas de suas peças móveis. Afinal, um compressor de ar para aquário é, essencialmente, um vibrador (e a função de um vibrador é vibrar), e vibrando sofre um acentuado desgaste dos componentes, submetidos ao atrito, que ao final de algum tempo começam a chacoalhar e emitir ruídos. Um compressor bem mantido, ou seja, submetido a uma manutenção adequada, pode funcionar anos à fio com um nível aceitável de emissão sonora.

Os compressores encontram grande aceitação em estufas para criação, baterias e mostruários de lojistas e outros locais onde é necessário aumentar a aeração de grande número de aquários, muito embora, nesse caso, se costume empregar um aparelho de concepção diferente (na realidade uma turbina) capaz de bombear grandes volumes de ar (m3 por minuto), muito embora com baixa pressão. Também podem ser encontrados compressores para aquários, que comprimem o ar por intermédio de pistões, porém, esses modelos estão quase extintos, devido à popularização dos aparelhos dotados de diafragma fabricado em borracha sintética, bem mais baratos e econômicos.
Condicionadores


São produtos químicos que tem por função melhorar (condicionar) a água do seu aquário. Existem várias classes de condicionadores em preparações sólidas (em pó) ou líquidas. Dentre estas encontramos os condicionadores que são empregados para tratar a água de torneira, tornando-a aceitável e segura para os peixes. Esse tipo de produto neutraliza o cloro residual e eventuais clora minas que foram adicionados à água pelos serviços de tratamento, também inativa metais pesados e quase todas as marcas possuem componentes que ajudam a espessar e/ou regenerar a cobertura de muco que envolve e protege o corpo dos peixes. Alguns fabricantes alegam ainda que seus produtos contenham substâncias e vitaminas que aliviam o estresse a que os peixes estão submetidos durante a captura, transporte ou aclimatação a um aquário novo. Outros fazem tudo isso e ainda condicionam a água para grupos específicos de peixes. Os mais simplezinhos garantem apenas neutralizar o cloro.

Outra classe de condicionadores é empregada para simular as condições das coleções de água características de algumas regiões do globo terrestre. Assim temos condicionadores que tornam sua água de torneira em um fac-símile da água corre nos igarapés afluentes do rio Negro (aqui no norte do Brasil) ou do Rio Meckong (um dos maiores rios do sudeste asiático). Esses produtos amolecem e acidificam a água torneiral, liberando substâncias bactericidas, acidificantes e corantes naturais deixando a água própria para a reprodução de peixes que vivem em água ácida.

A contra partida destes produtos também existe na forma de condicionadores para peixes de águas duras e alcalinas, tais como as molinésias e os ciclídeos africanos (atenção: ciclídeos africanos dos grandes lagos africanos, porque também existem ciclídeos africanos que habitam rios de água ácida), ou ciclídeos da América Central. Esse tipo de condicionador é vendido em formulações secas (em pó), em geral, com um nome comercial de sal para isso ou sal para aquilo.

Existe até uma classe de condicionadores que é empregada para reduzir a freqüência das trocas de água. Particularmente, só recomendo esse tipo de condicionador para aquaristas experientes que conhecem bem os riscos inerentes e sabem como evitá-los.
Por último encontramos os condicionadores biológicos. Consistem esses produtos em formulações sólidas ou líquidas contendo cepas purificadas de bactérias com a função de ativar ou encurtar o tempo de instalação da ciclagem biológica em aquários novos, recém montados ou que foram submetidos a tratamentos com drogas que tenham exterminado a filtração biológica. Preconizam seus fabricantes que o uso regular desta classe de produtos reduz a incidência de doenças, pois atuariam como pro - bióticos.
Controle de pestes


Nem tudo são rosas no jardim do aquário, existem também os espinhos ou pragas aquáticas. Uma destas pestes é um vegetal miudinho, verdadeiro espirro de gente vegetal. Nos o conhecemos pelo apelido de "alga" e essa plantinha é tida e havida como a pedra no sapato dos aquaristas marinhos e daqueles aficionados aos aquários tipo jardim aquático. Na verdade existem variedades quase infinitas de algas, mas as que pegam no pé são basicamente de dois tipos: As algas unicelulares flutuantes (deixam a sua água do jeitão da bandeira do palmeiras, verde-total) e as algas (também unicelulares) fixas, que assumem a aparência de feltro, tufo, monte-de-cáca, cabeleira e filamentos de cor verde, parda, preta ou burro-quando-foge.
Para o controle das algas temos duas abordagens possíveis. Ambas têm suas vantagens e desvantagens. A primeira é um verdadeiro tiro (de canhão) nas algas e, caso você não tome cuidado, em seu pé também. Consiste em exterminar ou tentar controlar as pestinhas com o uso de produtos tóxicos denominados: algicidas. Existe uma ampla variedade de formulações, algumas bem específicas, com aplicação em diversos problemas relacionados às algas tanto flutuantes como sésseis. Fique atento: muito cuidado na aplicação destes produtos, pois se usados de forma errônea, tem ação letal sobre os peixes e plantas existentes no aquário. Esses produtos não perdoam invertebrados (mesmo se você os aplicar rigorosamente de acordo com a bula do produto), matando aquele camarãozinho que te custou os olhos da cara.
A outra abordagem é mais light, bem mais de acordo com a nossa recém formada consciência ecológica (depois de derretidas as calotas polares, mermão, já era...) e consiste em um controle biológico. Nessa abordagem usamos microorganismos seqüestradores de nutrientes, que tem uma ação indireta sobre as algas, competindo com estas pelo alimento (nitratos e fosfatos).

Outra praguinha, se bem que, normalmente, mais de fundo estético que propriamente daninha, exceto, é claro, nos jardins aquáticos é a infestação por caramujos ou caracóis aquáticos. Introduzidos inadvertidamente com alguma plantinha não muito bem desinfetada, antes de plantada no aquário, estes moluscos, muito prolíficos, empestam o aquário. Aqui também temos duas formas de controle: A primeira é o método da porrada, usando um moluscida que é um produto específico para acabar com caracóis e outros invertebrados que habitam o aquário. Tem as mesmas desvantagens do algicida e nem sequer mata algas. A outra (ecologicamente correta), consiste em muita paciência, algumas folhas de alface e alguns peixinhos do paraíso.


O que é?

Se pensarmos bem, não preciso dizer muito sobre enfeites, porque é uma coisa que todos conhecem, mas gostaria apenas de ressaltar que possuímos 3 tipos de enfeites que podem ser usados em qualquer tipo de aquário. No entanto nem todos podem se utilizados em terrários. A variedade dos mesmos é muito extensa, então iremos expor alguns produtos top de linha de fornecedores que trabalham conosco.Os tipos de enfeites são classificados como:

.: Enfeites Artificiais - No que se refere estão enfeites que são produzidos em materiais plásticos, rezina atóxicas e até mesmo cascalhos coloridos artificialmente.

.: Enfeites Artificiais Acionados a Ar - Quem nunca viu um aquário com aqueles enfeites que fazem bolhas, que atire a primeira pedra. Esses enfeites são muito interessantes e possuem uma infinidade de modelos. Ligados por meio de uma mangueira a um compressor para aquários, os enfeites ganham "vida" e movimentos próprios.

.: Enfeites Naturais - Muitas pessoas adoram fazer seus aquário com enfeites naturais, nos passa uma sensação de estar bem mais perto da natureza, para que isso se torne realidade devemos ter estes enfeites extraídos direto da natureza, mas observem, é retirado da natureza, mas não podemos colocar de qualquer jeito no aquário, temos que tomar cuidado. Importante saber: Todos os enfeites naturais possuem autorização do IBAMA.Esterilizador Ultravioleta


Um aparelho, muito utilizado para o combate a algas unicelulares causadoras da água verde (uma condição que deixa a água de seu aquário, ou tanque ornamental, com a aparência de uma sopa cremosa de ervilhas verdes), é o "filtro" esterilizador ultravioleta. Trata-se em linhas gerais de um tubo hermético, contendo em seu interior uma lâmpada fluorescente especialmente concebida para emitir luz na faixa abaixo dos 400 nanômetros (radiação UV). Essa radiação, muito energética, "queima" ("bagunça" a estrutura interna das células) esporos e algas unicelulares, tendo também ação contra protozoários, fungos e bactérias que estejam em suspensão na água (por isso é chamado de esterilizador). Cuidado: nunca ligue uma lâmpada UV fora de seu compartimento. A exposição direta aos raios ultravioleta pode causar sérios danos aos olhos e à pele desprotegidos.

É especialmente indicado para uso em lagos ornamentais, tanques de Jardim e em situações em que a insolação direta ou alta luminosidade ambiente permitam que o problema se estabeleça. Para um funcionamento adequado o aparelho deve ser instalado na saída do sistema de filtração, sendo abastecido pela água previamente submetida ao processo de filtragem. A água fica completamente transparente e cristalina, sem nenhuma sombra do caldo verde anterior.

Atenção: A ação da luz ultravioleta se dá somente sobre a água que passa pelo aparelho, portanto as superfícies do tanque ou aquário tomadas por outros tipos de algas, continuarão do mesmo jeito, necessitando de limpeza ou tratamento de acordo com cada caso específico. Ou seja, dá a impressão que a água continua verde, porém se enxerga nitidamente os peixes "evoluindo" por sobre o pano de fundo verde.


Outro uso, muito preconizado, é para minimizar a possibilidade de propagação de doenças, em aquários individuais (em especial os marinhos), aquários hospitais e baterias de aquários. Nem todos aquaristas estão de acordo com as vantagens dessa utilização, pois além de exigir um super dimensionamento do aparelho em relação ao volume de água a ser tratado, tem a desvantagem de somente atuar na água que passa por ele, não contribuindo para a cura dos indivíduos doentes, além de matar eventuais organismos úteis que se encontrem em suspensão.Filtragem


Seu aquário precisa de filtração porque só trocar uma parte da água não é o bastante para manter uma boa qualidade. E isso é especialmente verdadeiro quando seu aquário tem um pequeno volume ou está superpovoado. Nessas condições ocorre um acúmulo muito grande de sujeira que acaba por prejudicar os seres que queremos manter. Nos últimos tempos e, em parte, graças a influência da internet, vem aumentando a tendência entre os aquaristas de utilizar algum modelo de filtro externo motorizado como única fonte de filtragem, aeração e circulação da água em seus aquários e, de uma maneira geral, estes usuários não tem muito do que reclamar, pois os aparelhos costumam funcionar a contento, desde que dimensionados para o tamanho do aquário e carga biológica contida neste (ou seja, o filtro deve ser adequado ao volume do aquário e a população de peixes não deve ser maior do que aquela considerada ideal) e que sejam submetidos (tanto o filtro, quanto o aquário) a uma manutenção e limpeza adequados.

Evidentemente, tais aparelhos apresentam algumas vantagens (dispensam os ruidosos compressores de ar, são acionados por uma bomba centrífuga de baixo consumo, concentram os elementos filtrantes em um único local de fácil acesso para a manutenção, etc.) porém existe um considerável elemento de risco, especialmente se usados em aquários superpovoados ou mal mantidos.

Visto que sua função primária é a coleta e a retenção de partículas sólidas, que estejam em suspensão, o elemento filtrante mecânico (composto por esponja ou lã sintéticas) pode entupir, e muito freqüentemente entope, diminuindo consideravelmente a vazão do filtro e consequentemente sua eficiência. Para evitarmos isso é necessário ficar atento ao funcionamento do aparelho, efetuando os procedimentos de limpeza e manutenção sempre que se façam necessários. Lembre-se que o filtro limpa a água, mas, você, limpa o filtro e na verdade, o filtro não limpa nada, só acumula a sujeira num cantinho, onde ela permanece em contato com a água, liberando um caldinho sujo e sendo degradada pela ação dos organismos decompositores (bactérias e fungos), até que você limpe ou troque os elementos filtrantes.

Elementos Filtrantes

São os materiais que efetivamente realizam a filtração no interior dos sistemas de filtragem, exemplo: lã acrílica ou perlon.Existem várias classes de elementos filtrantes.

Elementos que atuam como substrato para bactérias nos filtros biológicos, como esponja, bio-ball, manilhas e tubettes de cerâmica, etc
Elementos que tem atuam na filtragem química, como o carvão ativado, o zeólito, as resinas de troca iônica, etc.
Dispomos de uma ampla seleção de elementos filtrantes das mais variadas marcas de aparelhos para filtragem da água.
Porque meu aquário precisa de luz?


Para que ele fique bonito e os peixes se enxerguem entre si e para que nós os observemos com comodidade, porém, a coisa, pode ir um pouco além. A luz pode ter um papel vital em muitos aspectos de nosso hobby. Sem uma iluminação forte e equilibrada é impossível manter vivos e saudáveis muitos dos invertebrados marinhos (em especial os mais estranhos, belos e vistosos) e plantas que são o orgulho e objeto de desejo de muitos de nossos colegas de afiliação. Em nossos aquários, de uma maneira geral, não é conveniente ou prático, usar a energia luminosa proporcionada pelo sol. Apesar de completa e, sobretudo, natural, ela não é passível de controle fácil e preciso e não é raro surgirem problemas advindos do aquecimento e intensidade excessivos, característicos da luz provinda dessa fonte. Sendo assim, devemos recorrer ao uso da iluminação artificial, cujo controle é muito mais simples e fácil. No entanto devemos estar atentos a alguns detalhes fundamentais. Nosso principal órgão sensorial (o olho), pode muito facilmente, nos enganar. Para nós o aquário parece estar bem iluminado, mas será que para o principal interessado (animal ou planta), que depende dessa luz para viver, a iluminação existente é suficiente?É muito comum usar-se um número de lâmpadas aquém daquele mínimo necessário, ou um espectro inadequado ou ainda, o que é erro muito maior, compensar o uso de lâmpadas de baixa intensidade, com um aumento no período em que estas lâmpadas permanecem ligadas. Sem o fornecimento da quantidade e da qualidade de iluminação necessária, os seres mais dependentes da radiação luminosa, serão muito prejudicados, começando a definhar e morrer em pouco tempo.
Manutenção: O que é?



A água dentro do aquário sofre uma série de mudanças em suas características químicas, pois os seres que nela habitam liberam inúmeras substâncias (além dos excretos, já sobejamente conhecidos, um "monte" de outras coisas como hormônios, sais minerais, proteínas - especialmente muco epitelial -, ácidos, gorduras e óleos, etc.). Somem-se a isso inumeráveis substâncias, geradas durante os processos de decomposição, que tendem a se acumular até atingir concentrações perigosas. E não nos esqueçamos que o processo de nitrificação (a filtração biológica), de per si, acidifica a água, consome a reserva de tamponadores e altera o equilíbrio osmótico. Esses fatos somados se constituem no melhor argumento em favor das trocas, parciais e periódicas, da água do aquário, mesmo quando utilizamos aqueles produtos reputados como especialmente formulados para evitar ou retardar essas trocas. As trocas devem se constituir no principal procedimento executado no decorrer de uma série de tarefas que tem por objetivo manter o aquário em boa forma e funcionando com um mínimo de problemas. Essas tarefas estão divididas em atividades diárias, que nos tomam pouco tempo e consistem basicamente em verificar a temperatura e o funcionamento correto do equipamento, observar o estado geral dos peixes e em servir-lhes a porção diária de alimentos. As demais tarefas, um pouco mais complexas, são de uma maneira geral realizadas nos fins de semana ou outros dias, que tenhamos livres, visto demandarem algum tempo para serem levadas à cabo e se constituem no que convencionamos denominar manutenção propriamente dita.


Como faço essa manutenção?


Antes de tudo é melhor você desligar todo o equipamento elétrico que esteja em contato com a água. Tomada essa providência simples, mas importante, visto que incontáveis aquários já foram danificados por um aquecedor ligado, que ficou fora da água durante a troca de água, iniciaremos pela limpeza dos vidros do aquário. Isso é necessário porque com o passar dos dias, essas paredes vão sendo recobertas por uma capa, composta principalmente, de muscilagem bacteriana e algas, que acabam por prejudicar a visibilidade do interior do aquário. Existem vários tipos de limpadores dotados de cabos, simples, sofisticados ou do tipo multifuncional que dispõem de uma lâmina de aço para raspar as algas dos vidros, uma esponja grossa e áspera e outra fina e macia para uma melhor limpeza e até um dispositivo que auxilia na plantação da vegetação aquática, mesmo com o aquário cheio de água.

Outros modelos são magnéticos, sendo compostos por dois potentes imãs, um dos quais é colocado internamente e o outro externamente ao vidro do aquário. Quando se move o limpador externo, o interno é arrastado pela força de atração combinada dos dois imãs, efetuando a limpeza do vidro. Os modelos mais modernos são tão leves que chegam a flutuar quando o limpador interno se desgarra do limpador externo, circunstância, assaz freqüente com esse tipo de limpador. Vamos devagar e com cuidado para não assustarmos os peixes nem fazermos a água transbordar. Dependendo da localização do aquário e presumindo-se que o formato deste seja convencional (retangular), apenas limparemos o vidro frontal e um, ou ainda, os dois vidros laterais. Terminada a limpeza, aguardaremos alguns minutos (uns 15 a 20), para que a sujeira assente no fundo do aquário. Enquanto esperamos, será conveniente tornar a ligar o equipamento. Pronto a sujeira já sedimentou, novamente desligaremos o equipamento elétrico e, agora sim, procederemos à limpeza do cascalho e a troca de água.

Para tal, iremos nos utilizar de um sifão (dispositivo composto por uma mangueira dotada de um bocal plástico), e faremos uma aspiração da maior quantidade possível de dejetos, que estiverem retidos entre os vãos das pedrinhas, aproveitando para trocar de 20 a 30 % da água do aquário nesta ocasião. Sabemos que esta limpeza é fundamental para o bom funcionamento do nosso filtro biológico de fundo, mas deve ser executada mesmo em aquários que utilizem outro tipo de filtragem. Lembrem-se, boa parte daquilo que acumula no fundo do aquário é constituído por fezes de peixes. Essa operação de aspiração da sujeira mediante a ação do sifão é denominada: sifonagem. A sifonagem deverá ser efetuada, de modo a controlar a saída da água, permitindo a retirada do máximo de sujeira, e o mínimo de água. Evite agitar muito a água e levantar uma nuvem de sujeira, pois isso mais atrapalha do que ajuda na limpeza. O melhor método, consiste em pressionar o bocal do sifão, enterrando-o no cascalho até percebermos que encostou na placa do "filtro biológico", ou no vidro do fundo do aquário (naqueles aquários que não usam o filtro biológico de placas), ai afastamos uns milímetros para permitir a passagem da água e da sujeira e, a seguir, controlar a saída da água, tampando e destampando, alternadamente, a ponta da mangueira com o auxílio do dedo polegar. A sujeira irá saindo aos poucos (aos soquinhos), de maneira controlada, de modo a economizar a água. O cascalho também será aspirado porém não chegará à metade do comprimento do bocal, visto que estaremos controlando a passagem da água com o polegar. O efeito geral lembra muito as pipocas saltando no mostruário de um carrinho de pipocas. Quando começar a sair água limpa, feche a saída da mangueira (com o dedo polegar) e mude a posição do bocal do sifão, enterrando-o nas proximidades do local já limpo, repetindo o procedimento descrito acima. Lembre-se a idéia é tirar a sujeira e não apenas a água, e devemos respeitar o limite de um terço do volume do aquário, pois os peixes não suportam mudanças muito rápidas, correto?. Caso já tenha gasto os 30% da água e não tenha sido possível limpar todo o fundo do aquário, não tem problema, complete o volume do aquário com água nova condicionada (com a mesma temperatura, mesmo valor de pH e sem cloro) e dê um tempo (um ou dois dias de descanso), efetuando novamente a operação. Se o aquário estiver muito sujo vá repetindo o procedimento descrito (sempre com uma pausa de um ou dois dias entre uma sifonagem e a seguinte) até que o cascalho fique suficientemente limpo e a partir dai adote o regime de uma sifonagem por semana. Nossa meta será manter um baixo índice de sujeira, controlando, desta maneira, as bactérias prejudiciais e evitando o entupimento da cama de cascalho. Não!, não é necessário desmontar a decoração para fazer a sifonagem, basta sifonar a superfície livre do cascalho. Somente mexa na decoração caso esta esteja muito suja e/ou coberta de algas e isso, por acaso, o incomode.


Como é esse sifão?


Existem vários modelos, o mais simples e tradicional dos quais consiste em um tubo plástico transparente, de seção cilíndrica ou ovalada, ligado a uma mangueira medindo por volta de um metro de comprimento. O tubo, denominado bocal, tem um diâmetro bem maior que o da mangueira, para permitir uma limpeza mais eficiente do cascalho, sem o risco de entupimento freqüente da mangueira, devido à aspiração de alguma pedrinha. Não é necessário usar a boca para aspirar água através da mangueira. Esse é um procedimento, no mínimo anti-higiênico, sem contar o perigo de um engasgo mais sério. A escorva do sifão é uma operação muito simples e fácil, bastando ter um pouquinho de paciência, que logo pegamos o jeitão. Nos modelos mais comuns podemos introduzir o bocal do dispositivo, assim como a metade (mais ou menos) do comprimento da mangueira dentro do aquário, permitindo que a água flua para dentro do dispositivo. A seguir, iremos fechar a ponta livre da mangueira com nosso dedo polegar, impedindo que a pressão atmosférica empurre a água (contida no interior do sifão) de volta para o aquário. Na seqüência devemos puxar a mangueira para fora do aquário, com cuidado para não estragar a decoração e sem deixar o bocal do sifão sair fora da água. Quando faltar poucos centímetros para que o bocal também comece a sair da água, abra a saída da mangueira que estava fechada com o dedão. Você verá que a água corre sozinha. Agora, por favor, Muita Atenção: Somente abra a saída da mangueira dentro de uma balde. Uma vez iniciado o fluxo de água, para a balde, proceda conforme o descrito nos parágrafos destinados à sifonagem. Os modelos mais modernos de sifão permitem escorvar o aparelho, com um simples movimento de vai e vem, sem que você nem mesmo molhe as mãos. Outros são providos de uma pêra de borracha ou plástico sanfonado, que permite escorvar o dispositivo com um mínimo de esforço.Existe ainda a alternativa de utilizar um aspirador especialmente desenhado para a limpeza do substrato. Acionados à pilha, aspiram aos detritos mais grossos, que entremeiam as pedrinhas, os coletado em um saquinho de pano bem fino. Certos modelos dispõem de adaptadores que permitem o acoplamento de mangueiras para efetuar a troca de água e raspadores para a limpeza dos vidros do aquário. Quase todos os modelos de sifão são passíveis de serem adaptados a um filtro canister, funcionando a semelhança dos aspiradores de pó empregados na limpeza doméstica. Extremamente eficiente, pois retém até as partículas mais fininhas de imundície (conforme o elemento filtrante utilizado), essa montagem é empregada pelos profissionais que trabalham com manutenção de aquários particulares e por criadores e lojistas que tem ao seu encargo a manutenção diária de um grande número de aquários. Medicamentos


Medicamentos são classes de produtos que usamos para tratar nossos peixes quando eles estão doentes. Peixes são seres vivos e como tal, sujeitos às mesmas doenças (ou quase), que nos acometem. No que respeita a doenças, os peixes, assim como nós, estão sujeitos a contrair viroses, infecções bacterianas e ou micóticas, infestações parasitárias (tanto internas, quanto externas) e também, exatamente como a gente, doenças congênitas, ambientais e de fundo orgânico ou psicológico (aqui os profissionais da área vão cair matando, mas, antes de atirar a primeira pedra responda: O estresse não tem uma componente psicológica?).

Para cada tipo de doença existe, pelo menos, um tipo de remédio, geralmente bem específico. É muito importante conhecer os sintomas característicos das principais doenças que ocorrem em nossos peixes, pois se usarmos um remédio errado o resultado não será nada bom. O melhor mesmo é evitar que as doenças se declarem e prejudiquem nossos amiguinhos aquáticos. Para isso, faz necessário saber como as doenças funcionam.

Para que uma doença surja são necessárias três condições básicas:


.: Existência de um indivíduo de alguma forma debilitado ou susceptível.Para a doença se instalar, alguém (no caso, nosso peixe, daqui para a frente, conhecido como: vítima, paciente ou doente) tem que estar enfraquecido, imunodeprimido ou ser sensível ao agente causador da moléstia. Inspecionar muito bem o peixinho que pretendemos adquirir é uma boa medida para evitar a possibilidade descrita acima.

.: Existência de um organismo causador de enfermidade Doravante denominado: agente patogênico, agente infeccioso ou agente causal. Em outras palavras, alguém tem que ser o vilão dessa história toda. Manter o aquário em boas condições de higiene, reduz em muito a quantidade de agentes causais no nosso aquário.

.: Presença de condições ambientais deterioradas. Quer dizer, alguma coisa deve favorecer o bandido e prejudicar a vítima, facilitando que a doença ocorra e possa ser transmitida. O maior responsável aqui é uma água de baixa qualidade.

Se eliminarmos pelo menos um destes três fatores a possibilidade de uma enfermidade se declarar e se dispersar entre os habitantes do aquário são praticamente nulos.


Móveis


Alguma das inúmeras funções que um aquário pode assumir vem sendo descritas em diversas das páginas deste nosso Site. Aqui, exploraremos a capacidade de valorização do ambiente doméstico. O aquário de per si ( basicamente um recipiente de paredes de vidro ou acrílico), especialmente quando apresenta uma forma pouco usual (paredes curvas, formas poliédricas ou assimétricas), possui um apelo visual inegável, ainda mais quando consegue aliar o efeito causado pela sua decoração interior, com a "atmosfera" criada pelo ambiente exterior. O verde claro, característico das plantas aquáticas, contrastando com as tonalidades mais quentes de outros elementos decorativos como rochas ou troncos somados ao suave e coordenado movimento dos cardumes multicoloridos de pequenos peixes, se harmonizam para criar um ambiente que induz a calma e contemplação. Não é à toa, que um número cada vez maior de arquitetos inclui pelo menos um aquário, ou fonte ornamental, como ponto focal de seus projetos para um ambiente interno acolhedor.

Apesar do enorme apelo visual que o cenário subaquático apresenta, podemos aumentar esse efeito com o uso de uma "ponte" de integração entre o recipiente com paredes de vidro e o local em que o mesmo está localizado. Esse elemento de ligação (que tem também a função de sustentar o peso do aquário) é chamado de móvel, gabinete ou suporte e, rezam as leis da harmonia e do bom gosto, deve apresentar um design que não destõe do estilo das demais peças que compõem o ambiente.

Apesar de a madeira ser o material mais comumente empregado para a confecção deste suporte, existe outros materiais alternativos que podem ser empregados, como pedra, tijolo, bloco de concreto, perfilados metálicos, ferro artisticamente trabalhado e plástico moldados. Alguns destes materiais, não obstante sua praticidade de utilização, não é lá, nada bonita e nesse caso, a solução e lançar mão de algum tipo de revestimento.

Um suporte construído com um material de baixo efeito estético pode ser camuflado ou revestido com um material nobre ou de visual mais atraente. Inimagináveis acabamentos podem ser utilizados, o limite é sua imaginação e a capacidade do artesão incumbido de transformar seus sonhos em realidade. Materiais exóticos ou, no mínimo, pouco usuais, como cortiça, pó de coco, cana da índia, fibra de vidro, carpete, palhinha de vime, sucata de aparelhos eletrônicos, são apenas alguns dentre muitos materiais que podem ser usados com resultados surpreendentes.

Como bem sabe, qualquer arquiteto, cenógrafo ou decorador, a luz apresenta possibilidades estéticas e decorativas surpreendentes e dramáticas, assim, considere a possibilidade de utilizar luminárias pendentes ou spots para realçar o destaque do aquário na decoração de seu lar.Planta


A função principal de um aquário é possibilitar que peixes e outros seres aquáticos vivam bem e prosperem em condições de cativeiro. Os peixes tem necessidades vitais próprias que devem ser respeitadas para que possam se desenvolver sem problemas. O mesmo ocorre com as plantas. Para que estas se desenvolvam a contento, devem receber uma série de cuidados específicos. Assim um aquário de plantas tem, necessariamente, uma concepção e um modo de montagem um tanto diferentes de um aquário tradicional (cujo enfoque maior é o peixe). As plantas, como os demais seres vivos, necessitam se alimentar para viver. Elas precisam de três elementos básicos, sem os quais não conseguem se alimentar direito e acabam por morrer. Esses elementos são:.: Água.: Luz.: Adubo
Adubo
O adubo é a comida das plantas, ele é constituído por uma série de nutrientes. O principal nutriente para uma planta é o gás carbônico. Esse gás é também conhecido como anidro carbônico, dióxido de carbono ou, simplesmente CO2.CO2 dá o maior gás para o desenvolvimento dos vegetais. As plantas absorvem a energia luminosa, misturam o gás carbônico com a água, e fabricam açúcar e oxigênio. Pra você ter uma idéia da importância do gás, basta saber que o elemento Carbono, sozinho, representa entre 40 e 50 % do peso seco de um vegetal.O açúcar misturado com outros elementos dá origem ao amido, celulose e outros produtos que são usados para construir a planta toda, sendo o excesso, armazenado em diversas partes do corpo do vegetal. Essas reservas são usadas quando a planta necessitar, como por exemplo: no ato de transplantarmos uma planta pode ocorrer a perda total ou parcial de suas raízes, assim, essas reservas permitem que a planta sobreviva até desenvolver novas raízes, o que poderá demorar vários dias e mesmo semanas.
De uma maneira geral, em condições normais, não existe falta de gás carbônico para as plantas, pois os peixes, bactérias, fungos, protozoários e até mesmo as plantas, que nele habitam, produzem continuamente CO2, como resultante de seus processos respiratórios. O problema acontece quando montamos um aquário plantado, já que a quantidade do gás pode não ser suficiente para suprir a demanda, constituindo-se em um dos fatores limitantes, para o crescimento vegetal. Além disso, existe uma forte tendência para o gás escapar por difusão, devido a menor concentração, do mesmo, na atmosfera.Dessa maneira pode se fazer necessário suplementar essa deficiência. Existem vários métodos de introduzir CO2 em nossos aquários. Os mais usuais consistem nos métodos caseiros (tem até um caseiro industrializado), métodos químicos (pastilhas ou precursores de fotossíntese) e por injeção do gás sob pressão. Esse último sistema é muito sofisticado, na versão totalmente automatizada, utiliza um cilindro de aço (ou alumínio nos modelos de luxo) contendo CO2 sob alta pressão, uma válvula reguladora para baixar a pressão do gás, uma válvula solenóide, para controlar a injeção do gás e um medidor de pH eletrônico, com capacidade para controlar as funções da válvula solenóide, que mede as pequenas variações do valor do pH, acionando a válvula solenóide sempre que o pH variar.
Pelo menos um fabricante comercializa um indicador de nível de gás carbônico. O dispositivo, denominado CO2 Indicator, permite saber instantaneamente a concentração do dióxido de Carbono, com uma simples mudança de cor de um reagente contido dentro de uma caixinha plástica transparente, presa ao vidro do lado de dentro do aquário, abaixo da linha d'água, por meio de uma ventosa. O reagente tem duração de aproximadamente 20 dias e deve ser trocado após este prazo. Outra forma de medir a quantidade de CO2 dissolvida é empregar um teste de CO2.A forma mais usual de determinar os níveis de gás carbônico dissolvido é efetuar dois testes (um de pH e outro de KH), correlacionando os resultados em uma tabela que nos informa a quantidade de gás existente com os resultados dos testes realizados de acordo

Suplementos


São produtos utilizados para reposição (suplementação) dos nutrientes que são consumidos pelos organismos que mantemos nos aquários ou daqueles retirados ou denaturados pelos processos de filtragem.

Podemos dividi-los em:
Suplementos para aquários de água doce.Constituídos principalmente por elementos traço e sais importantes para a manutenção dos valores osmóticos ideais para os habitantes do aquário.

Suplementos para aquários de água salgada.Absolutamente necessários, pois além de muitos seres marinhos os consumirem em taxas altíssimas, são ainda retirados pela ação do skimmer.

Suplementos para répteis e anfíbios.Constituídos principalmente por elementos traço e sais minerais importantes para a manutenção da correta hidratação de anfíbios e répteis.

Suplementos vitamínicos.Indicados para todas as classes acima. Muito necessários para reforçar a dieta de peixes em convalescença ou submetidos a condições estressantes.


Produto – Testes


Os conjuntos (kits) para testes de água são as maiores ferramentas que dispomos para comprovar-mos o bom andamento das "coisas", no interior de nosso aquário. Por intermédio destes testes, podemos prever eventuais problemas e agir de modo a evitá-los. Existem conjuntos para testar todos os parâmetros de relevância em um aquário, tanto em água doce como em água salgada. E o que é melhor, além daqueles testes químicos tradicionais, com reagentes que colorem uma amostra ou mudam de cor conforme a quantidade de reagentes adicionada (que apesar de práticos e fáceis de usar, causam certa insegurança, naquelas pessoas, que, como eu que não conseguem discriminar bem variações de cores nas tabelas de comparação), tem também uma crescente linha de equipamentos eletrônicos, verdadeiros laboratório de análises, de muito alta precisão, que nos indicam, em números, como anda a qualidade de nossa água.

Atualmente, podemos determinar, com alto grau de exatidão e no conforto de nosso lar, por meio de procedimentos muito simples, o valor do pH e a dureza da água (tanto a temporária como a total, o que por tabela, nos informa os valores da dureza permanente). Também temos condições de determinar, e com igual facilidade, o bom andamento do processo de nitrificação que é o grande responsável, pela inativação dos excretos tóxicos dos peixes (amônia). A possibilidade de medir os níveis de amônia, nitrito e nitrato é de muita utilidade para nos ajudar a determinar e prevenir condições estressantes que podem resultar em surtos de doenças de diversas etiologias (causas variadas).

Saber como está o nível de Cálcio ou o nível de fosfatos, já não se constitui em nenhum problema, graças às novas gerações de conjuntos de testes descomplicados que podemos encontrar a preço muito razoável em qualquer loja especializada do ramo. Outros conjuntos que já não representam novidade são aqueles que medem as taxas de oxigênio dissolvido, gás carbônico, Ferro (muito importante para as plantas aquáticas), etc.
Skimer


Um dos mais eficientes aparelhos para filtragem da água em aquários marinhos, consiste basicamente em um tubo vertical, com um copo coletor situado na ponta superior do tubo. Neste copo se acumula uma espuma, por vezes escura, mal cheirosa e mais ou menos espessa, de acordo com a capacidade e eficiência do aparelho. A parte imediatamente abaixo do copo, que costuma ficar acima da linha d'água é a câmara de reação do skimmer. O tubo consta ainda de algum tipo de injetor de ar, cuja função é criar uma incontável miríade de bolhas de ar muito pequeninas, formando espuma, formada pela emulsão da água com o ar. Essa espuma é mais consistente quando formada na água salgada, por isso, o aparelho é muito empregado nos aquários marinhos. A eficiência do skimmer está na razão direta da altura da coluna de bolhas (ou seja: do tempo de contato da interface ar-água), do volume de água circulado através do mesmo, do volume de ar injetado e o tamanho das micro-bolhas geradas.

Conhecido como skimmer de proteínas, é também chamado de desnatador, flotador ou fracionador de espuma e para fazer o que faz (limpar a água), foi concebido para se aproveitar de uma das mais poderosas forças da Natureza:

A atração que existe entre as cargas elétricas opostas !Entre as numerosas substâncias encontradas em dissolução na água do aquário, existem aquelas conhecidas como moléculas dipolares (com dois centros de carga elétrica - pólos - separados por alguma distância), cuja porção positiva - denominada polar - é atraída pela água. Por causa disso, essa parte da molécula é chamada de porção hidrófila (amiga da água) e como a parte negativa, da mesma molécula, repele a água, ficou senda a porção hidrófoba (que tem medo de água).

Estas moléculas tendem a se acumular na superfície da água do aquário, com suas porções hidrófobas em contato com o ar. É precisamente este fenômeno que permite concentrá-las na superfície das microbolhas geradas no interior do skimmer. Na superfície de cada uma das incontáveis bolhinhas de ar, se aderem as porções que tem medo de água, que dessa maneira, são arrastadas, pela corrente de espuma ascendente, para fora do aquário, sendo coletadas no copo do skimmer. Outras substâncias existentes na água, apresentam a superfície quimicamente inerte (são apolares), mas podem estar ligadas quimicamente com as substâncias dipolares, sendo também arrastadas pra fora. E, por último, qualquer material particulado fino (sujeirinhas), que esteja em suspensão, pode ficar preso entre as bolhas de espuma na câmara de reação do fracionador, sendo retirado por efeito de arrasto mecânico. Portanto, podemos considerar os skimmers como filtros com dupla função, tanto mecânica quanto química.

Entre as substâncias removidas pela ação do fracionador de espuma se encontram as proteínas, os aminoácidos, carbohidratos, fosfatos, ácidos graxos, fenóis, iodo, gorduras, metais complexados (ou seja, unidos quimicamente a substâncias orgânicas), etc. Este tipo de aparelhos, necessitam de uma pequena dose de paciência e alguns dias de ajustes, para serem regulados adequadamente, com vistas a obtenção de um máximo de eficiência. Devem também, ser submetidos a uma limpeza em regra, com alguma freqüência, pois o acúmulo de substâncias pastosas em seu interior diminui em muito sua eficiência. Alguns suplementos e condicionadores afetam transitoriamente a formação de espuma e consequentemente a performance deste aparelho.